O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

12 de nov. de 2009

O Apagão, o Poste e o Terceiro Mandato

Lula do Brasil Da Silva querendo desviar as atenções do fato de que o seu poste preferido, Dilma Roucheffe, era a ministra das Minas e Energia que defendeu a atual estrutura energética brasileira - disse que o apagão só precisa "ser bem esclarecido pela imprensa". Pronto, está tudo resolvido. A culpa é dos jornalistas que não noticiam as coisas do jeito que o governo Lula do Brasil quer que sejam noticiadas.

Enquanto isso, especialistas dos jornais de todas as partes do mundo dizem que o apagão foi negligência e incompetência no monitoramento do sistema energético brasileiro.

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico no Brasil foi criado em 2004, durante a gestão da então ministra de Minas e Energia, dona Dilma Roucheffe.

Para o governo Lula do Brasil Da Silva o apagão não passa de mais uma herança do governo FHC.

O apóstolo Genro, o Tarso de Lula na Justiça diz que se trata apenas de um "microproblema". É a versão "marolinha" que herdou do divino mestre.
Div/MME

Para o súdito Lobão, o apagão que afetou dezoito estados brasileiros foi causado por "descargas atmosféricas". Com isso, o ministro que hoje ocupa o lugar que já foi de dona Roucheffe, trata de evitar ventos contrários ao seu soberano, ao mesmo tempo em que tenta protegê-lo do raio que o parta.

Entrementes... Dona Dilma Roucheffe nem toca no assunto. Quer mais é saber em que hora será realizada a próxima missa das dez e cuidar da agenda ambiental que vai levar embaixo do braço para entrar no clima do encontro de domingo em Copenhague.

Já para a oposição (!?) o apagão não foi novidade. Era coisa mais do que esperada...

Assim-assim com os tucanos, o presidente do PPS, Roberto Freire, chamou o governo Lula de "incompetente" na gestão do sistema elétrico. Ele ironizou o poste preferido de Lula para 2010, ao considerar como uma "azarada coincidência" - o fato de Dilma Roucheffe, ter declarado há coisa de duas semanas que um novo apagão não voltaria a acontecer no País.

E foi dizendo: "A ministra Dilma, que é a 'gerentona' do sistema elétrico, que o mudou, deu aquela declaração, negou chance de novo apagão. Essa é a maior declaração de incompetência com uma grande coincidência".

Para Roberto Freire, independente da causa que ocasionou o blecaute, a situação é o retrato de uma péssima e equivocada gestão. "Não estamos em um processo de crescimento em que haja estrangulamento de energia. Autoridades da área disseram que estamos sob um sistema seguro, mas isso atenta contra o bom senso".

O apagão refletiu também na imprensa internacional: O The New York Times diz que o problema foi gerado pela usina de Itaipu. A rede de televisão CNN garante a mesma coisa: foi falha da Itaipu.

Só para não entrar em choque com os jornalistas estrangeiros, Lula do Brasil Da Silva já tem a desculpa na ponta da língua: - Se foi isso, então foi a parte paraguaia que errou.

O diário francês "le Monde" discorda: "a maior parte da energia gerada em Itaipu é brasileira".

Para o Sanatório da Notícia o apagão é mais que uma conspiração da natureza contra a candidatura da apóstola Roucheffe ao lugar do seu divino mestre; trata-se de mais um golpe de marketing da facção dos aloprados do PT que não aceitam Dilma como a luz no fim do túnel. Para eles, a mãe do PAC é só um poste. Querem porque querem o terceiro mandato de seu amo e senhor.

Esse pode ser o pior reflexo do apagão. Lula já viu que seu poste preferido não tem luz própria. Não vai entregar assim, de mão beijada para Zé Serra, essa fábrica de maracutaias e descalabros organizados da República da Esperteza. O golpe do referendo, seus similares e genéricos, já estão na primeira gaveta. Qualquer coisa, é só chamar o Hugo Chávez para dar um jeito nisso tudo.
RODAPÉ - Um simples e-mail apócrifo pode fazer com que a República da Esperteza volte ao normal, sem quaisquer conseqüências, como de hábito. Ele revela a verdadeira causa do apagão. O chefe, terminando o expediente, recomendou para o estagiário que foi o último a sair de Itaipu, na terça-feira: - Quando sair, apaga tudo!