O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

15 de nov. de 2009

BOLA GENÉRICA

O SÁBADO FOI DO SÃO PAULO E DOS TRAPALHÕES
Moisés Pereira

Nada é menos definitivo do que o futebol; a bola é sempre surpreendente e quando menos se espera, acontece, embora a máxima do Barão famoso: “De onde nada se espera é que não sai nada mesmo”.

Já estava preparado para dizer que o Grêmio começou a perder o jogo quando entrou Herrera e passou a jogar com dois jogadores a menos. Explico: há uma incompatibilidade entre os atacantes argentinos e o futebol do Grêmio em 2009, ou será que contratamos os piores do decadente futebol platino nesta temporada?!?

E não é que no final, quando o Grêmio jogava com nove, dois expulsos e os dois citados trapalhões, aconteceu o inusitado?... Exatamente Max Lopes e Herrera coroaram as trapalhadas com o gol do empate. Quase a repetição da “Batalha”, aquela, de constrangida memória.

O Cruzeiro repete-se e “morre” na praia, como aconteceu na Libertadores, embora seu técnico Adilson seja o mais cortejado do momento, inclusive pelo Grêmio. Só Freud para explicar essa atração por perdedores.

O meu eleito, Galo mineiro do Celso Roth sucumbiu em Curitiba afastando-se da briga pelo título. O campeonato em seu equilíbrio sugere que resultados não mais surpreendam. Os jogos são disputados no limite, o que permite que aquele que perde poderia ganhar, e vice versa. Não há uma superioridade confiável, se é que me entendem.

Enquanto isso o São Paulo confirmando uma vitória previsível sobre o Vitória assume no sábado a liderança do Campeonato e mantém a chama acesa para mais um título.

Num universo de mediocridades parece-me que o São Paulo é o time que reúne melhor equipamento, o que pode ser determinante na decisão do título.

Como dissemos no início que nada é mais suspeito do que o futebol e a bola, não será surpresa se o Flamengo fizer valer a mística de campeão e o seu Imperador Adriano chegue triunfalmente em dezembro.

Resta o Verdão, do rabugento Muricy, agora mais contido, talvez consciente das limitações de seu elenco e por isso menos cotado para ultrapassar o disco final na ponta.

Se o sábado foi do São Paulo e dos trapalhões platinos, esperemos o domingo, até porque teremos uma segunda feira para analisar mais uma rodada do certame de pontos corridos mais encruado de todos os tempos aqui na pátria tupiniquim.