"Expulsão chancela a barbárie e o preconceito" - manifestou-se a OAB no caso da lourinha Geisy Arruda. Decerto, queria mesmo era dizer Barbie.
Isso é que é país. O vexame da saia curta da aluna Geisy Arruda na Universidade Bandeirante cobre o escândalo de um diploma falso que meteu Dilma Roucheffe numa saia justa.
Enquanto a estudante é xingada e perseguida pelo uso de uma saia curta, a ministra é aplaudida pelas claques de todos os palanques do país, vestindo a saia justa de um falso título de doutora.
Vejam se dona Dilma usa saias desse tipo. No máximo anda com uma bolsa Kelly portando um diploma de doutora incompleta. Mas isso não tem nada a ver. O que tem mesmo a ver é que, toda vez que Geisy cruzava as pernas, o professor percebia que ela estava toda arrepiada diante da reação da animada estudantada.
O Ministério Público abriu inquérito para apurar a expulsão da aluna que abria demais a guarda sempre que se sentava na primeira classe que aparecia.
Sempre que a garota se ajeitava para fazer uma prova, todos viam claramente: essa menina tem outra por dentro.
Já o advogado da Uniban - Universidade Bandeirante, diz que o "problema não era a roupa, mas as atitudes de Geisy". Enquanto isso, em alguma biblioteca, alhures, um casal de professores se exercitava em conhecimentos de anatomia.
Até o presidente da UNE largou de lado o importante programa nacional das carteirinhas estudantís e os contatos com o Palácio do Planalto para olhar com bons olhos a saia curta de Geisy. Chamou a universidade de "machista". As paredes da instituição não responderam.
O reitor da Uniban revogou a decisão do Conselho Universitário e reintegrou a aluna Geisy Arruda. O advogados dela não querem nem saber: "Até o momento não fomos informados oficialmente. Por isso, ainda consideramos a aluna expulsa. Mesmo que a universidade revogue a expulsão o inquérito policial que já foi aberto continua. São coisas distintas para nós". Nada mais distinto. Distinção é isso mesmo.