O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

17 de fev. de 2015

CARNAVAL, SEMPRE CARNAVAL!
Sempre tem quem se fantasie de delator. Se for premiado, melhor.


Nem desfiz direito as malas e bagagens e já me deparo com Argh!nelo Queiroz, cavaleiro de triste figura perambulando pelas artérias de notícias, em Brasília. E fico então sabendo pela velha e recolhida guarda do Bloco do Pacotão que ele está com o pé que é um leque para sair fantasiado de delator. Se for premiado, então, nem se fala.

A deduragem dele é diretamente no pandeiro do PT, escola carnavalesca que o adotou quando o PC do B já não era mais aquele que não resta a menor dúvida.

Argh!nelo já avisou para os caciques da sigla que, se continuar na geladeira, vai jogar confete e serpentina pra cima do Bloco dos Índios e mandar purpurina envenenada nas costas da comissão de frente, atirando pro ar tudo o que sabe a respeito dos morubixabas e inclusive do pajé, grande líder espiritual da tribo.

E você aí, pensa que isso surpreende alguém? É apenas mais uma história triste desses tempos de gandaia. É só mais um caso de arquivo-vivo, de dossiê ambulante dando seus pulinhos e chutando o pau do barracão pendurado no morro e pedindo socorro. Trata-se tão somente do perfil ridículo e desprezível mais comum desses tempos de folia.

Nada mais corriqueiro, eiro e vezeiro que um folião desgarrar-se do Bloco dos Sujos, para desfilar pelo Clube dos Cafajestes, entidade que abriga todo e qualquer folião que é barrado pela turma do Bola Preta.

Guardar segredos desse tipo dá, para o folião delator, cadeira cativa no camarote do escárnio nas piores e mais perigosas escolas de folgança e sarandagem desse país desafinado que se lasca e a música não toca.

Não há no mundo nenhuma espécie mais abjeta do que a figura do anjo guardador de segredos.

E como o samba-enredo é tocado para a facção que, justamente por que o acolheu agora o teme, já vem de lá o cauteloso e cúmplice refrão carnavalesco: Tua voz eu escuto, não te esqueço um minuto, porque sei quem tu és...

RODAPÉ - Pois é. "Porque sei quem tu és"... E quem nós somos, companheiro.