KUNG FU TSE TEM A SOLUÇÃO
PARA O BRASIL DILMA DA SILVA
Se pagares o mal com o bem, com o que então pagarás o bem?
Já que toda vez que o brasileiro de boa índole e de bons propósitos quer sair às ruas acaba sendo empurrado de volta para dentro de casa pelos black blocs de todas as cores inventados por essa Democracia da Silva, então não há outra saída do que senão a Justiça para fazer a revolução que o Brasil está precisando.
E, enquanto me multiplico entre os afazeres de chef de cousine dominical, entre as rápidas fugas aos programas de notícia e a uma boa e apressada batucada nas teclas do computador, me deixo invadir uma vez mais pelas grandes sacadas de Kung Fu Tse.
E me dou conta, então, de que Confúcio está de olho no Brasil e que na sua sabedoria dorme a solução para a necessária e urgente revolução sem sangue e sem baderna que aqui precisa ser feita.
Kung Fu enfiou em minha cabeça, nesta manhã de domingo, um de seus conceitos que, na verdade, procuro seguir há mais de mil anos, nos meus momentos de mais santa paz.
Dizia-me ele esta manhã o que agora lhes digo, perguntando como era do feitio de Confúcio quando afirmava: "Se pagares o mal com o bem, com o quê pagarás o bem?".
E, como ele, eu mesmo respondo já, já para vocês: "Paga o bem com o bem e o mal... com a justiça"!
E, como era no princípio, agora e sempre, em verdade lhes digo: já que, há 12 anos, o crime organizado saiu das ruas e foi para dentro do Estado, do governo e da sua máquina mortífera-2, a revolução só é possível pela Justiça.
É pela Justiça que o cidadão brasileiro poderá trocar essa Democracia da Silva por um império: o império da lei e da ordem.
E como se combate o crime organizado? O que se faz com malfeitores públicos e notórios?
Na base do bala com bala é que não é! Violência gera violência - isso nem foi Kung Fu Tse quem me disse. Se a força e o confronto armado resolvessem a Polícia de Pacificação armada até os dentes, já teria feito do Rio de Janeiro o lugar mais bonito do paraíso que sempre foi.
Dá-se o seguinte: quando as revoluções são sangrentas, quem acaba no poder são os vencedores que assumem o lugar dos vencidos e ficam bem acima da população. O poder apenas troca de mãos, de caras e bocas. E não emana do povo e nem em seu nome é exercido e, muito menos lhe é devolvido.
Então a revolução mais próxima e mais eficaz é pela lei. Então a Justiça, o Judiciário agindo direito pode ser o povo revolucionando, reorganizando, mudando o Brasil.
Mais, muito mais do que por uma revolução armada de paus e pedras contra botinões, tanques, canhões e ratatitatás, esse regime de larápios que comanda o crime organizado paraestatal, pode ser derrubado pelo direito, pela lei e, fundamental e imprescindivelmente, pela justiça.
O que se sabe é que o bunga-bunga que aí está, agindo ao arrepio de todos os direitos da sociedade brasileira, não pode, não deve e não vai continuar.
E então é chegada, afinal, a vez do povo. Votar como se vota, ano após ano, mandato após mandato, não adianta nada. É trocar o ruim pelo pior e vice-versa. Eis, então que a revolução é outra.
Não porque se tenha medo ou ojeriza aos black blocs de todas as cores que enfeitam essa Democracia da Silva que nos acomete; não por isso, sim por que é da Justiça que deve emanar o poder do povo, o poder de dizer aos homens da lei que ajam direito e façam justiça.
Só pelos caminhos da lei, da ordem, do direito, da justiça se há de banir e degredar os integrantes da quadrilha que instalou o crime organizado no Estado brasileiro.
E, se assim não for, então não haverá outra saída do que senão a forma mais antiga, rudimentar, estúpida e brutal de todas as revoluções que se fizeram e fazem pela história da humanidade. Mas aí, o poder que emanar do povo a ele jamais será devolvido.
Contudo, eu tenho aqui comigo - e vou quebrar o sigilo a que tinha me reservado - a nítida impressão de que essa revolução já começou no meu País. Por enquanto atende pelo nome de Lava-Jato.
Hii, minhas queridas e meus queridos... O pão torrado queimou, de novo. Estou estarrecido. E o pão, esturricado. A casa está com cheiro de rancho. O vizinho chamou os bombeiros. Que fumaça! Revolucionei o domingo.