BEIJA-FLOR METE OS PEITOS E A MÃO NA TAÇA
Agora, sim, o mundo é um circo e o Brasil um carnaval. A Beija-Flor de Nilópolis, abocanhou mais um título do carnaval carioca.
Botou a mão no caneco, elogiando a vida que os africanos levam na ditadura da Guiné Equatorial.
Dizem as más línguas de delatores eventuais que estiveram no camarote com o safári do filho do ditador Teodoro Obiang Nguema, que os tambores da África ribombaram uma vez mais e deixaram coisa assim de R$ 5 milhões na arca do tesouro da Beija-Flor.
Ora, direis, ouvir delatores! Besteira, não há o que esconder. A Beija-Flor fez sua parte. Lembram daquela fábula do colibri que levava água no bico tentando apagar o incêndio da floresta? Pois é. Foi bem assim. A Beija-Flor fez a sua parte.
Quanto ao resto, cantar e sambar a história de uma ditadura, de um país de governo semipresidencialista é um show de alegria; mais que isso, uma folia zombeteira e debochada.
Isso é que um verdadeiro carnaval de democracia. O avesso do que um dia foi Robin Hood. Essa turma tira dos pobres setentrionais e dá para os ricos tropicais.
Inda que mal pergunte: você acha que a Beija-Flor enalteceu de graça a beleza, o charme e o veneno da Guiné Equatorial?
Se acha que não, saberá lá você então me dizer quem foi, desta feita, o "operador" que meteu os peitos e trouxe essa farra da Guiné para este Brasil tropical?