O MELHOR LEGADO DA COPA

Ao contrário de Lula, aquele que nunca deixou de ser presidente de verdade do Brasil da Silva e só dá entrevistas no exterior ou para blogueiros amestrados, Dilma Vana janta com jornalistas e fala do seu esporte preferido antes das eleições: a Copa dos Copos.

Ontem ela disse, entre uma garfada e outra que "a Fifa é um peso nas costas". E mais: "tirem Blatter e Valcke de mim". Ela disse também, tipo assim sobremesa que "as obras são para o país".

Ah bom. Dá pra entender a irritação. É que a Fifa manda mais que o povo brasileiro. E Dilma tem pavor de bafo nas costas. E outra coisinha: se as obras são para o país, por que são intermináveis; por que foram superfaturadas; por que não se faz um levantamento dos lobistas que intermediaram esses mais de R$ 26 bilhões que a Copa está custando à nação?

Que coisa é essa de que as obras são para o país? Só porque ela disse no programa do PT na TV que "os visitantes não levam, daqui os estádios, os portos, os aeroportos. levam, isto sim, a certeza de que o Brasil é um povo alegre e feliz".

É sim. E pobre e sem saúde, educação, transporte, previdência, segurança e, sequer lazer, porque nem mesmo essa Copa é para o povo; essa Copa é para as elites; para os camarotes e palanques. P

Pena que não vai dar para ela discursar na abertura... E tem duas fortes razões para isso: uma, é que a vaia não vai deixar; outra, o Blatter vai estar a seu lado e não a distância como ela pediu ontem aos convivas jornalistas. Não discursará, Dilma não discursará, a menos que o faça por holografia, ou numa rede de palanque eletrônico como está acostumada a improvisar por escrito à toda hora.

Reitera-se aqui e a esta altura do campeonato que cada arena monumental dessa Copa fique como legado de segurança para o povo brasileiro; que cada arena serja imediatamente adaptada e aproveitada como presídio de segurança máxima, inclusive com celas especiais para mensaleiros e genéricos. Mas, por favor, façam licitação para essas obras de extrema e urgente necessidade.