O BRASIL É UMA GRANJA COMARY
Nunca antes na história desse país se viu tanto coturno, tanto cavalo, tanto tanque e fuzil-metralhadora nas ruas. O Brasil da Silva está sitiado. Mas, depois da Copa, isso passa. Passa, uma pinoia! Passa a ser pior.
Ao botar as Forças Armadas nas ruas, o governo apenas transforma o Brasil em uma enorme granja Comary. As tropas estão apenas treinando para chegar tinindo às eleições de outubro, primeiro tempo do que será o jogo daqui pra frente.
Se você acha que as manifestações, os protestos, a indignação geral dos brasileiros são só por causa da Copa dos Copos, então você acredita também que as passeatas, as marchas e contramarchas vão cessar, assim que a Fifa bata em retirada.
Ledo engano. O povo tem saído às ruas porque já não aguenta mais tanta corrupção, tanta incompetência, tanta ladroagem, tantos serviços essenciais mal prestados em saúde, educação, transporte, segurança, qualidade de vida.
O cidadão indignado vai continuar saindo às ruas depois da Copa. E o jeito Dilma de endurecer-se e perder a ternura vai ter que continuar. Daqui pra frente, o passeio é de novo dos militares. Esta é a democracia que substituiu a ditadura de 64.
Começou com Sarney em 1985, passou por Fernandinho Beira-Collor, Itamar Franco, por oito anos de FHC e agora 12 anos de Lula, com uma leve colaboração de quase quatro anos de Dilma Vana como coadjuvante.
Os coturnos, os cavalos e os tanques estão nas ruas. Resumo dessa ópera bufa: a democracia da silva virou um campo de batalha, onde a ambição dessa pandilha de chefetes, subjuga o povo à custa da inquietação.
Às vezes - preciso é que se avise - isso acaba sangrando corações e acostumando o povo à miséria, às migalhas que sobram desse brado que oprime: - A bolsa, ou a vida!