NEM SE COMPARA
No meio da semana, o arqueiro Felipe, chegou atrasado no treino do Flamengo. Discutiu com os dirigentes, explicou mas não justificou e agora não foi sequer escalado para o banco de reservas nesse jogo contra o Santos. O mal-estar é enorme no clube e no seio da torcida rubro-negra. Felipe já ganhou fama de pavio curto. Mas, cá pra nós, ele não chega nem perto de atar as chuteiras do goleiro Bruno.
PERGUNTE AO DRAGÃO
Em São Paulo, tambor de ressonância econômico-financeira e social do Brasil, dobrou o número de devolução de imóveis alugados.
Os observadores mais curiosos foram logo querendo saber a razão desse passo atrás da população que mais trabalha na cidade que "não pode parar". O dragão da inflação bafejou a resposta: aluguel muito alto. Mas, não, ninguém falou em inflação fora de controle.
Entrementes, nos supermercados, as compras corriqueiras caíram pela metade e a turma só vai nas gôndolas que têm ofertas e pechinchas. Ninguém mais compra pelo rótulo, nem pela marca; todo mundo prefere o produto que deixa troco.
Entre o selo Friboi e a sacola plástica com pescoço de galinha, qualquer dias desses o Toni Ramos leva a penosa, sim senhor. Mas o governo ainda canta de galo.
BRINCA, NEYMAR
Falando com a curiosa mídia esportiva, Neymar elogiou Lionel Messi e disse sem qualquer cerimônia: "vou me divertir na Copa". Oba! Era tudo que eu queria mais ouvir.
Era só o que faltava ele encarar a Copa a sério e levar a seleção dos cartolas da CBF a uma final. O Brasil brasileiro precisa vencer em outubro. Futebol é lazer. Bolas, primeiro o dever, depois a diversão. E o dever de Neymar é se divertir para cumprir a obrigação de acabar com essa cretinice da politicalha usar o esporte como palanque eleitoral.
Brinca, Neymar; brinca. Não deixa o espírito galhofeiro e desarmado do povo brasileiro ser abatido pela seriedade, competência e honestidade desses senhores de gravata e colarinho que se apropriaram do País do Futebol.
GAVIÕES DO CRUZEIRO
A polícia apreendeu mais de uma tonelada de maconha, dentro de um caminhão com carga de soja, no barracão da escola de samba Gaviões da Fiel, no Bom Retiro, em São Paulo.
O advogado da Gaviões, Davi Gebara, já saltou de banda e disse que o caminhão estava nas proximidades e não dentro da escola. E foi peremptório, como quem solta rojões: "A Gaviões é totalmente contra. As pessoas presas não têm nada a ver com a escola".
Ah, isso aí é igual àquele helicóptero do filho do deputado Zezé Perrella, dirigente do E. C. Cruzeiro, apreendido pela Polícia Federal com meia tonelada de cocaína. Ninguém tinha nada a ver com aquele voo.
Bolas, futebol e política não têm nada a ver com tráfico de drogas. A não ser quando um empresário consegue convencer um clube a comprar, por exemplo, um Leandro Damião por R$ 40 milhões. Mas aí, nem é tráfico, é só uma droga de negócio. E droga de negócio, qualquer um pode fazer, até os conselheiros da Petrobrás.