A experiência lá no Haiti serviu de base para a Tomada do Complexo do Alemão. O Exército gostou. Até já anuncia que tem plano de segurança para todo o Brasil. Assim é que, cercada de militares, a democracia da Era Lula pensa que vai se consolidando. É apenas mais uma das heranças benditas que Lula deixa para o governo de Dilma, a primeira-presidenta.

Que ninguém estranhe se, na próxima eleição, Lula aparecer como candidato à sucessão vestido de verde-oliva dos pés à cabeça - bem como Nelson Jobim se farda quando vai a passeio até à Amazônia - ou como Fidel e Raúl Castro se vestem desde 1959, quando botaram Fulgêncio Batista pra correr e milhares de cubanos pra ficar.
Não é que, com o Exército garantindo a paz dos brasileiros, o País não seja o que deve ser - vai ter até muito mais organização e vergonha - mas o que dá nos nervos é a hipocrisia de chamar de democrático a esse regime de proprietários da coisa pública e de donos dessa nação de miseráveis e ociosos que valem tanto quanto uma bolsa-famiglia.