1) Nesses oito anos, pelo que foi dado observar, Lula - com tanto banquete pelo mundo afora e pelo Palácio adentro - acabou sendo um comilão. Foi induzido a comer além do necessário e a toda hora. Não resistiu à tentação e sucumbiu ao pecado da gula;
2) Não é por nada, não... Mas Lula precisou de 11 caminhões para fazer sua mudança do Palácio da Alvorada para sua moradia em São Bernardo do Campo. Não resistiu à cobiça de bens materiais e cartões corporativos. Pecou pela avareza;
3) Lula passou o tempo todo desejando atributos, status, posse e habilidades de FHC; sua insistência em traçar comparações com ex-presidentes foi o sinal mais evidente de que se deixou dominar pelo pecadilho da inveja;
4) Lula mostrou, sempre que pode, a azia que a imprensa lhe causava. O tempo todo juntou os sentimentos de raiva, ódio, rancor - às vezes de forma incontrolável - contra a mídia desalinhada e sem patrão que o contrariava. Lula, é um cara bom, só não gosta de ser contrariado. Essa junção de emoções se chama ira.
5) Os discursos de Lula - mesmo os improvisos decorados - foram caracterizados pela falta de humildade que revelavam uma "pessoa não-comum", alguém que se achou o tempo todo mais que auto-suficiente. Lula foi tomado pela soberba;
6) Réu confesso, Lula disse à boca pequena, mas a basófia vazou, que não poderia viver sem perereca. Por sua própria língua, naquele relato de seus velhos 31 dias de cárcere, ele demonstrou apego aos prazeres carnais. Lula foi atingido pela luxúria.
7) Sem parar com a bunda na cadeira, Lula ainda assim não conseguiu ir além de "inaugurações" de lançamentos de pedra fundamentais de obras inacabadas. Nada do PAC-1 ou do PAC-2 foi entregue de verdade, conforme o prometido. Lula mandou o tempo todo; mandou bem na teoria, mas pecou na prática. Seu maior atestado de aversão a qualquer tipo de trabalho ou esforço físico foi o Bolsa-Família, verdadeira indústria nacional de ociosidade. Lula deixou-se vencer pela preguiça.
Assim é que nesse glorioso ano de 2010, Luiz Inácio Lula da Silva chega diante da luz divina, oito anos depois, ao fim de dois mandatos, como um exemplar carregador dos 7 pecados capitais.
Agora, depois de 1° de janeiro e antes de tudo, sua principal missão fora do Palácio do Planalto é conversar com Deus - saber mesmo se Ele é brasileiro - e, em assim sendo, levar ao Criador do Universo a "estratégia da coalizão" que, como Presideus do Brasil tanto deu certo que o tornou aqui na terra um ser imune, uma divindade popular acima do bem e do mal, para todo o sempre. Amém.
RODAPÉ - Diante do Grande Arquiteto do Universo - que não antende por Niemeyer - Lula está perdoado e pronto para um Feliz Ano Novo em 2015. Afinal ele não pretende ser indicado para nenhuma canonização; apenas será candidato a presidente do Brasil. Pra isso, ninguém precisa ser santo.