Liane Maria Muhlenberg, sua assessora no Senado, acaba de ser flagrada pelo jornal O Estado de S. Paulo com a boca na botija. Sugou dinheiro sem licitação para seu expedito e eficaz Instituto de Pesquisa e Ação Modular (Ipam) promover eventos culturais. A chupada no flácido órgão público mereceu um cachê de R$ 4,7 milhões do governo em convenios.
O jornal descobriu que, na prática pornopolítica para sair lambendo os beiços com a liberação do dinheiro, Liane Maria assinou uma declaração falsa de que não trabalha no Senado.
Hoje, depois de consumado o ato, Serys Slhessarenko diz que não conhecia o instituto de sua assessora: "Informo que nunca apresentei emendas e não fiz nenhuma gestão para liberação de recursos para este instituto". Agora é tarde, Inês é morta. A ficha limpa da relatora já não é mais imaculada, mas está cheia de graças.
Para que se ponha um preservativo nessa pornochanchada, Serys anuncia que a assessora já foi exonerada do cargo. E, como Gim e Padilha, ela quer que o escândalo acabe na cara dos outros: "Se existirem irregularidades por parte desta entidade ou desta funcionária, elas devem ser analisadas pelo Tribunal de Contas e órgãos competentes" - relaxou e gozou.
E era verdade. Só meia verdade. A verdade inteira é que no dia 9 de agosto deste ano Muhlenberg apeou do gabinete de Serys e foi montar na segunda vice-presidência do Senado que, por acaso, é cavalgada pela petista Slhessarenko.
Justificando o golpe da falsidade ideológica Liane Muhlenberg montou num burro e deu de relho: "Foi um descuido de minha parte. Uma desatenção, um equívoco". Ah, bom. Tá tudo dominado.
RODAPÉ - Serys assumiu na semana passada a relatoria do projeto de lei do Orçamento de 2011. Foi escolhida em razão da renúncia do ex-relator Gim Argh!ello (PTB-DF), que entregou a função depois de descobertas as ligações de suas emendas orçamentárias com institutos fantasmas e empresas laranjas.
