O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

24 de ago. de 2013

Dilma recupera 7% de aprovação no Ibope


Quando os brasileiros verdadeiramente indignados deram uma pausa para meditação nas manifestações de rua, deram também um tempo para o governo Dilma Vana dar uma respirada. E foi então que o Ibope aproveitou para realizar mais uma de suas pesquisas "científicas", devidamente patrocinadas - comme d'habitude e porque ninguém é de ferro.

Resultado: Dilma Vana recuperou robustos 7 pontos percentuais dentre aqueles que julgavam seu governo ótimo ou bom. O que era 31% agora é um bloco eufórico de 38% dentre os 2 mil entrevistados dessa última empreitada do Ibope. Então tá. Estamos salvos. Como 1% não soube ou não quis responder, então só 61% ainda torcem o nariz para o que estão fazendo com o Brasil.

De qualquer maneira, levando-se em conta a credibilidade do curioso instituto formador de opinião pública, esses 7 pontos saíram da massa popular que em junho era de 31% achando a atuação de Dilma Vana péssima ou ruim. Por isso essa turma agora ficou reduzida a resistentes e agudos 24%. Eu, como sempre há mais de 50 anos quando virei eleitor compulsório, não fui entrevistado ainda desta vez. Em todo caso, abro meu voto: estaria incluído, se pesquisado fosse, nesses 24%.

Antes que se mude de assunto e se comece a falar na agenda positiva da próxima grande mobilização de brasileiros indignados que sairão de novo às ruas, de peito aberto, de cara sem máscara e alma lavada, é bom considerar que, pelo mesmíssimo Ibope de sempre, aqueles que consideram o governo Dilma Vana regular, mais ou menos, ou simplesmente medíocre, permaneceram no mesmo patamar dos 37% que ilustraram os levantamentos anteriores.

Então, estamos combinados: Dilma Vana está feliz da vida porque agora, pelo Ibope, em cada 10 brasileiros, apenas seis não gostam do jeito que ela governa. Quer dizer, a meia dúzia de sempre acha seu governo medíocre ou horroroso. Dos demais, em cada quatro pessoas, duas trabalham no governo, uma têm carteirinha do partido. E a outra é ela mesma.