A revista IstoÉ desta semana saiu do armário e revelou uma conta de R$ 64 milhões do PSDB, em Genebra, na velha e boa Suíça. A conta tem o pseudônimo de "Marília" e reside nos cofres do Leumi Private Bank. Teria tudo a ver com os negócios da Siemens e da Alstom com a tucanagem aqui no Brasil.
Pronto, até que enfim, a paraestatal PT & Associados conseguiu descobrir que a transa de Lula com Rose naquele chatô paulistano da Presidência que Dilma mandou fechar era coisa de aprendiz.
Sabe também agora - só por causa da IstoÉ - que para os seguidores do lado escuro de Covas e da porção dissimulada do ex-companheiro Fernando Henrique, o mensalão é fichinha-limpa e o swing explícito e a libertinagem das emendas parlamentares com que Dilma faz amigos e influencia aliados, não passam de uma versão adulta de um parquinho infantil, com roda-gigante, carrossel e outros singelos e inocentes joguinhos pornopolítigráficos.
Nos áureos tempos em que Sarney sentou na cadeira que seria de Tancredo Neves, a República já era, por baixo dos panos, uma grande farra; Fernandinho BeiraCollor coitado pegou um rabo de foguete; FHC tinha domínio dos fatos e Lula, para não bancar o dedo duro contra ninguém, aperfeiçoou, organizou e sistematizou o esquema que deixou de mão beijada para Dilma Vana.
Em suma, o Brasil é um país, no Cone Sul do mundo, habitado por duas espécies de bípedes completamente diferentes em tudo e por tudo: as pessoas e os políticos.
RODAPÉ - Há uma geração brasileira que vai fazer 30 anos de idade em 2015 que ainda não tem nem ideia do que seja um político e um país sério. Nunca viu nenhum dos dois.