EMPACOU O PAC DA MOBILIDADE URBANA

E então, neste ano de eleição presidencial, chamado pela própria president@ de "Ano da Copa", o Brasil da Silva se preocupou tão somente em construir novos estádios monumentais de custos fenomenais e deixou de lado, por incompetência, falta de tirocínio e ausência de prioridade, uma das principais exigências da Fifa, dona do espetáculo: a mobilidade urbana.

A menos de quatro meses da Copa das Copas, o governo brasileiro trata da Copa como se fosse a realização de mais um PAC: inaugura pedras fundamentais e não termina as obras. A Fifa nunca viu antes tamanha incompetência e nem tão irresponsável inaptidão.

Dito assim, parece até que todo mundo sabe o que é mesmo mobilidade urbana. É uma coisa assim que tem tudo a ver com o ir e vir, com facilidade de locomoção e até com acessibilidade, a lei que facilitaria a vida das pessoas com deficiência. Pois o Brasil não fez nada do que prometeu à Fifa. Trata a Copa como se Dilma Vana fosse mesmo a mãe do PAC da Mobilidade Urbana do governo que diz o seguinte:

"Os programas de Mobilidade Urbana promovidos pelo governo federal visam a fomentar a cidadania e a inclusão social por meio da universalização do acesso aos serviços públicos de transporte coletivo e das ações estruturantes para o sistema de transporte coletivo urbano, apoiando a qualificação e ampliação de infraestrutura de mobilidade urbana.

Há projetos de melhoria, ampliação e implantação de sistemas de transporte público coletivo em execução nas cidades brasileiras, incluindo as cidades sede da Copa do Mundo FIFA de 2014. Estão sendo investidos recursos em metrôs, Bus Rapid Transit (BRTs), corredores de ônibus, veículos leves sobre trilhos, aeromóvel, entre outros".

Se você quiser conferir, entre agora mesmo no site do Palácio do Planalto. O PAC da Copa está lá para quem gosta de leituras que não levam a lugar nenhum.

A LEI DO CÃO

Marcos Valério, condenado a 40 anos de prisão pediu transferência da Papuda para Minas Gerais, onde ficaria mais perto da família. Seus parentes temem que isso aconteça. Não que não tenham saudade dele; é que eles descobriram um plano de extorsão montado pela comunidade prisional para permitir que Valério mantenha por lá a vida boa que leva na Papuda.

É como se a vida boa de Valério, Dirceu e seus mensaleiros na penitenciária de Brasília já não fosse fruto de propina periódica aos presos de outras facções criminosas da Papuda. O repentino e profundo silêncio dos proscritos mais antigos na cadeia do Distrito Federal é o grito ensurdecedor que diz tudo.

O corrupto se dá bem na vida, até perceber que fica refém para sempre do corrompido. É a lei do cão.