O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

27 de nov. de 2014

ADESIVO
Já circulam em Brasília carros com adesivos sobre os Jogos Olímpicos de 2016. Mostram os mascotes da competição com os nomes de Lava e Jato.

GOLPE BAIXO
Aquele bate-boca de ontem no Congresso Nacional, entre um parlamentar da oposição e Renan Calheiros quase terminou em pancadaria. Serviu, no entanto, para nocautear o governo que está aplicando mais um golpe baixo no povo brasileiro.

Pena que os dois aguerridos beligerantes não saíram no tapa. Fiquei torcendo o tempo todo para que saísse o primeiro tabefe. Eu queria que os dois acertassem todos os golpes, um no outro e o outro no um. Foi em vão. Os dois são só conversa fiada.

E o governo foi salvo pelo gongo. Na próxima terça-feira o governo volta ao tablado para aplicar outra vez a sua jogada desleal.

OS EXTORQUIDOS INOCENTES

Os empreiteiros, maiores doadores de campanhas eleitorais do governo que segue, alegam agora que foram vítimas de extorsão e que, só por isso, pagaram milhões de milhões de reais em propina, pois se assim não fosse, não teriam conquistado o direito de trabalhar pelo bem do povo e a felicidade geral da nação.

Isso acontece desde 2003 para cá. São 12 anos de extorsão e muito trabalho.

O bizarro dessa permanente operação-chantagem é que eles nunca denunciaram o crime a que eram submetidos nem a Lula e nem a Dilma, presidentes alternados do Brasil e responsáveis definitivos pela Petrobras e por todos os organismos públicos inscritos na vasta e nababesca clientela dos pobres e inocentes empreiteiros.

O que se pode deduzir dessa bizarrice toda é que os empreiteiros, além de vítimas dos intermediários corruptos, são reféns de seus grandes péssimos advogados que não lhes mostraram o caminho mais curto para acabar com a extorsão: fazer queixa para Lula e para Dilma, impolutos presidentes do Brasil nessa tragicômica trajetória de 12 longos anos de cambalacho escancarado.

HONORÁVEIS PARLAMENTARES

A Câmara Federal aprovou ontem a suspensão dos supersalários dos seus servidores. E, na mesma tacada, concedeu aos nobres parlamentares um aumento salarial de mais de 22% para o ano que vem.

Não satisfeitos com isso, os honoráveis parlamentares passaram o salários dos ministros do Supremo Tribunal do Governo Federal de miseráveis R$ 29 mil para módicos R$ 35 mil e 900.

O Fator Previdenciário, varinha de condão de Dilma Vana Coração Valente, para desancar aposentados, calculou e estabeleceu em 6,41% o índice merecido dos que trabalharam a vida inteira e hoje estão cada vez mais perto de enfiar o pé na cova.

O GALO CANTOU
O Galo cantou de novo para cima da Raposa. Fez 1 a 0 no estádio Independência e ganhou a Copa do Brasil. Diego Tardeli fez o gol que liquidou a fatura. Gosto de ver o Cruzeiro jogar, mas gosto muito mais de ver o Atlético. Sei lá por quê. Talvez porque o Galo não seja o Vasco.

SÃO PAULO DANÇOU
Jogando no Morumbi lotado por tricolopres que acreditam no Muricy Ramalho, o São Paulo fez 1 a 0 no Cartel de Medelin, no tempo regulamentar. Aí foi para os pênaltis. Muricy não sabia que o Alan Kardec bate pênalti pior ainda que o Alexandre Pato. Foi pras cucuias. O São Paulo acabou de perder a Copa Sul-Americana, um título que jamais - antes da noite de ontem - fez questão de ganhar. Agora mesmo é que o Rogério Ceni não vai abandonar o futebol.

FORA DE FOCO
Não é que Joaquim Levy seja melhor ou pior que o Guido Mantega, a Dilma Vana é que está bem abaixo dos dois.

Fato é que, de alguma forma ela tem que desviar os holofotes do escândalo do Petrolão para uma outra coisa qualquer. Então vai anunciar hoje com pompa e circunstância o começo do prometido governo novo de ideias novas.

A verdade é que agora mesmo é que a coisa não vai dar certo: toda e qualquer medida adotada pelo novo ministro da Fazenda será uma levyandade. E então é isso, ao desviar os holofotes Dilma deixa tudo fora de foco.

SUPERÁVIT & CONSENSO
Nessa anunciada tal reforma ministerial, o governo ainda está avaliando o melhor momento para anunciar corte nos gastos.

O mundo econômico brasileiro esperava para já a preciosa medida governamental, mas o governo acha "prioritário chegar antes a um consenso sobre superávit".

Bom, é preciso que se diga que superávit é o apelido de "contas que não fecham"; e "consenso" quer dizer fazer o que o governo quer.