O estilo é conhecido; ficou famoso no recente escândalo Rosegate.
Em Lima, no Peru, falando para empresários e patrocinadores de suas andanças pelo mundo afora, Lula disse aos executivos peruanos, gabando seus próprios feitos e contando como foi um grande presidente, que ele influi em decisões da presidenta Dilma.
E, então, entre uma gabolice e outra, contou que disse para Dilma aumentar o número de fiscais numa ponte entre o Brasil e o Peru: "Já liguei para a presidenta Dilma hoje de manhã (terça). Já liguei. E disse para ela da ponte; disse para ela da falta de fiscal. Ela disse: - Pode deixar que eu vou chamar o pessoal para resolver isso".
Lula se referia à chamada Estrada do Pacífico, cheia de trâmites aduaneiros lentos, devagar quase parando, já que não conta com autoridades aduaneiras e nem mesmo com vigilância sanitária.
Lula viajou como convidado do Grupo Brasil, integrado por 45 empresas com interesses comerciais no Peru. A um bom lobista convém sempre mostrar prestígio com qualquer presidente. Relembre a pandilha avançada de São Paulo. E Dilma, ao que se sabe, preside o Brasil.
Então, pronto! O estilo é conhecido; ficou famoso no recente escândalo Rosegate. Este é o Lula bancando lá no Peru uma verdadeira Rosemary Noronha, aquela dos bons tempos de traficante de influência no escritório da Presidência paralela que ele mesmo instalou em São Paulo.