Orlando Silva, ministro do Esporte, diz com a mesma cara e a mesma coragem com que justificou a compra de tapioca num bar de esquina, para dizer que as denúncias contra a sua gestão servem para corrigir falhas.
Ele chama de "falhas" as irregularidades no programa Segundo Tempo e outras tantas bolas foras do seu ministério.
A cara é lisa e sem bigode, mas nunca ninguém foi tão parecido com Zé Sarney quando o presidente mumificado do Senado Federal se disse orgulhoso e envaidecido por ter sido comparado, numa tuítada do TSE, com o jogador Ronaldo: "é lisonjeiro ser comparado a um fenômeno".
Os dois, Orlando Silva e Zé Sarney, são craques em trocar as bolas: para um, malversação é "falha"; para outro, pendurar as chuteiras é um "fenômeno".