O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

16 de set. de 2008

O Brasil precisa apenas fazer um golzinho com a mão, no último segundo dessa final contra a China. Assim, ultrapassará a Espanha no quadro de medalhas e encerrará os Jogos de Pequim como 9º colocado no ranking internacional. Se perder, fica com a medalha de prata que nada altera: o Brasil está no grupo Top Ten do esporte paraolímpico mundial. Se, no entanto, o nosso futebol ficar com o brilho da prata, ainda nos sobra correr a clássica prova da Maratona com os nossos expeditos Alex Mendonça e Aurélio Santos, ambos da Classe T12 e os bem-cotados Ozivan Bonfim e Tito Sena, da Classe T46. (Foto: Saulo Cruz/Site CPB).


UMA ARCA DE OURO...

Dois dos maiores astros do Brasil Paraolímpico – o nadador Clodoaldo Silva e a corredora Ádria dos Santos - deixaram os Jogos de Pequim como pequenas estrelas cadentes. Da Grécia para a China, decorreram quatro anos. Seus destinos foram entregues às mãos de quem entende de marketing e formação de imagem.


Ádria, quatro anos e muitas gramas a mais de experiência, não ostenta a mesma forma física dos idos da Grécia; Clodoaldo não viu aproveitarem seu tempo para prepará-lo para a Classe S5 – uma sombra que toldava seu ensolarado caminho desde Atenas até o início dos Jogos em Pequim, onde e quando o defenestraram da Classe S4, lugar em que reinava absoluto como o Predador de Recordes.


Um descuido irreparável de seus stafs particulares que cuidaram zelosamente de imagens, patrocínios e atividades sociais, enquanto a porção esportiva corria apenas o seu curso natural. Um descuido que custou uma arca cheia de medalhas de ouro e muitas posições para o Brasil no ranking internacional.