O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

23 de jul. de 2009

L'OSSERVATTORE PIANÍSSIMO

Bronislaw Geremek

Os filhos de Caim
Vagabundos e miseráveis
Na literatura européia
1400 – 1700
Companhia Das Letras

A capa mostra O pequeno mendigo, de Bartolomé Esteban Murilo.

Na contracapa se lê o seguinte texto: Companheiro de Fernand Braudel, Marc Bloch e Jacques le Goff na École des Hautes Études de Paris e um dos principais dirigentes do Solidariedade, o historiador e parlamentar polonês Bronislaw Geremek escreveu uma obra monumental, que merece lugar de destaque ao lado dos grandes textos de história deste século. Manuseando um imenso cabedal de conhecimentos, Geremek analisa as representações dos pobres na literatura européia do século XV ao XVII. O resultado é uma viagem ao imaginário do submundo medieval e moderno do qual emerge a figura mutante – e atualíssima – do excluído social.

Resumo das orelhas: Os filhos de Caim, publicado originalmente em 1989 ,é já um livro clássico, indispensável para quem quer pensar o fenômeno da marginalidade nas suas múltiplas dimensões. Bronislaw Geremek nasceu na Polônia em 1932. Depois de frequentar a Universidade de Varsóvia, diplomou-se na École des Hautes Études em Paris.Dedicou toda a sua vida ao estudo do pauperismo, sobretudo no periodo medieval, tendo escrito várias obras sobre o tema. Foi preso em l981 por suas atividades políticas e, em 1985, expulso da Academia de Ciências de Varsóvia, onde lecionava. Atualmente é membro do Parlamento polonês e assessor direto do presidente Lech Valesa.

A edição que tenho é de 1995 da Companhia das Letras.
Bronislaw Geremek morreu no ano passado. Os jornais da Europa registraram com algum destaque a sua morte e bem pouco de sua vida.

Na página 122, quando se fala na organização dos batedores de carteira que atuavam na Inglaterra por volta de 1566, há um trecho que diz o seguinte:
...Em todo o caso ela (a literatura) confirma a informação sobre a organização corporativa dos ladrões. A formulação do estatuo indica a convicção geral da exitência de tal organização. Nos atos judiciários, em que frequentemente aparecem causas contra os batedores de carteiras, não se encontram informações sobre a corporação ;contudo não havia razão para se ocupar dessa questão no decorrer do processo, cujo objeivo era provar a culpa dos indivíduos. Por isso, não se pode excluir a possibilidade de que os ladrões ingleses dispusessem de uma organização corporativa.

Conclusão: essa conversa de organizações corporativas de ladrões não é de hoje.
De Roma - Carlos Eduardo Behrensdorf.