A patifaria maior, no entanto, não é desses aproveitadores passivos. O vilão-mor, o grande biltre e rufião ativo dessa gandaia imune e impune é o governo que escancara as burras públicas para organizações não-governamentais. Deboche, puro deboche: são não-governamentais, mas sua única fonte de vida e de renda é o governo. Querem deixar Ionesco maluco.
Só mesmo nesse Brasil em que nos empurram tamanho teatro do absurdo palanques abaixo é que se pode admitir uma aberração dessa natureza. Governo e organizações criminosas não-governamentais protagonizam o triste, bandalho e zombeteiro remake de Manucanaíma - o herói sem nenhum caráter, personagem de ficção que, perto desses gigolôs da nação, não passaria de um simples e inocente anjo. Ou de uma desprestigiada e ingênua freira do folclore que nasce no Palácio do Planalto, invade os salões do Congresso, grande casa de tolerância nacional e circula pelos corredores do Judiciário.
As ONGs de fachada são o braço estendido da sociedade oficial do crime organizado. É com ele que esbofeteiam os brasileiros.