INTRANSFERÍVEL
A pífia transferência de prestígio para dentro das urnas nesse segundo turno das eleições municipais foi um aviso do povo aos semideuses da política. O País não quer soberanos, nem reis, nem caciques e, muito menos, um deus brasileiro que é pé-frio em futebol. No máximo, o povo quer valer-se e tirar o que pode dos que se fazem de pai-de todos, fura-bolo, mata-piolho, seu vizinho ou dedo mindinho.
A pífia transferência de prestígio para dentro das urnas nesse segundo turno das eleições municipais foi um aviso do povo aos semideuses da política. O País não quer soberanos, nem reis, nem caciques e, muito menos, um deus brasileiro que é pé-frio em futebol. No máximo, o povo quer valer-se e tirar o que pode dos que se fazem de pai-de todos, fura-bolo, mata-piolho, seu vizinho ou dedo mindinho.
RODAPÉ - Se não tiver um deles, então, aí mesmo é que não elege sequer um poste.
O RESTO
A melhor pesquisa é o que sai da boca da urna: Lula não é capaz de eleger um poste. Seu prestígio é seu; é intransferível.
ENTRELINHAS - Lula é Lula; o resto é o resto.
RODAPÉ - Só falta o resto saber disso.
POSTE
Lula, minimizando a decepção de não ser o transferidor de votos que pensava: "Quando alguém vai votá pa presidente, ele vai votápa presidente; quando vai votá pa prefeito, ele vai votá pa prefeito. Não tem essa ligação direta".
ENTRELINHAS - Isso vai ter que ser repetido lá adiante, quando o candidato presidencial for um poste sem luz própria.
NA BAHIA
O PT perdeu em Salvador, mas o governo Lula ganhou.
NÃO O DEIXARAM SÓ
Em matéria de incapacidade para transformar prestígio em voto, Lula não está sozinho: Chico Buarque fez feio com Rosário, em Porto Alegre e Caetano Veloso ficou de tangas curtas com Gabeira, no Rio de Janeiro.
BEM PIOR
A cada dia que passa fica pior a situação de Lula no Rio de Janeiro. Lá ele é assim-assim com Sérgio Cabral e agora conta com Rosinha Garotinho e Eduardo Paes.
RODAPÉ - Quem tem aliados assim, não precisa de oposição.