Zé Maria Marin, o Medalhão que foi presidente da CBF e dirigentes da Fifa, enfrenta dificuldades para pagar a fiança de R$ 15 milhões de dólares à Justiça dos EUA e pode trocar seu apartamento na Grande Maçã por uma cela de cadeia em Nova Iorque. Ah, besteira. Zé Maria Marin deve estar meio caduco para se enredar numa fria dessas. Basta que ele fale com Zé Genoíno, ou com Zé Dirceu e pronto. Eles fazem uma vaquinha eletrônica, o Delúbio contabiliza e estamos conversados. Garanto que o Zé de Abreu e o Nelson Jobim colaboram num piscar de olhos.
SOU MAIS PESSOA
Quem continua fazendo estrago no Clube do Bilhão e na chacrinha dos operadores de luxo do Petrolão é o delator premiado, Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia. Ele disse que o Caixa-2, de R$ 2,4 milhões para a campanha de Lula foi definido numa reunião com o então tesoureiro da campanha do presidente de honra do PT, Zé de Filippi Júnior.
A propina foi paga com a formação de um pool de empresas formado pela Queiroz Galvão, IESA e Camargo Corrêa. O Zé Filippi jura por tudo quanto é mais sagrado e por essa luz que o ilumina que "ao longo de mais de 20 anos, ocupando cinco mandatos populares, jamais solicitei ou recebi vantagens indevidas nos cargos que exerci". Ah, bom.
Em todo caso, ficam aqui duas pulgas que tenho atrás de cada uma de todas as duas orelhas que Deus me deu: 1) será que recebeu só vantagens "devidas"? 2) Zé Filippi, por acaso é algum delator premiado, ou coisa que o valha?!? Ah, tá. Então sou mais Ricardo Pessoa.
SÓ COMEÇANDO
Olha só o que espera lá em Curitiba pelos tais bacanas enrolados no Petrolão que estão acostumados a passar todo mundo na conversa: nesta segunda-feira o juiz Sérgio Moro condenou Gerson de Mello Almada, dono da Engevix Engenharia, a 19 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
E nesta mesma gloriosa segunda-feira, o Ministério Público denunciou à Justiça, o pecuarista amigão de Lula, Zé Carlos Bumlai, o banqueiro Salim Schahin e outras nove figuraças por crimes como lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, corrupção ativa e passiva na contratação da Schahin Engenharia pela Petrobras, em 2009, para operação de um navio sonda.
Também entraram no bolo das denúncias, Milton Taufic Schain, Maurício de Barros Bumlai, Cristiane Barbosa Bumlai, ex-diretores da Petrobras Nestor Cerveró e Jorge Zelada; o ex-gerente Eduardo Musa, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e o lobista Fernando Baiano.
De quebra, o Ministério Público quer que eles devolvam à Petrobras a módica quantia de R$ 53,5 milhões. E a semana está só começando.