A contocionista do Palácio do Planalto, Dilma Vana diz que Nelson Barbosa vai fazer a magia da transformação e do crescimento do Brasil e que Waldir Simão vai encontrar o equilíbrio do ajuste fiscal. Taí ó, a contorcionista não nomeou dois novos ministros; ela colocou no picadeiro um mágico e um equilibrista. E o bêbado anda na volta. O grande espetáculo vai começar.
A INFLAÇÃO REAL
O brasileiro comprou menos 43% do que gastava no exterior. Isso quer dizer que, dos dez computadores que comprava antes, agora só consegue trazer cinco ou seis. É que o dólar estava em 31 de dezembro de 2013, cotado a sintomáticos R$ 1,99... Neste 21 de dezembro chegou a R$ 4,03 - um valor que comporta uma diferença de mais de 100% no verdadeiro valor do nosso dinheiro.
Esta é, em verdade, a inflação brasileira acumulada nos dois últimos anos. Onde o brasileiro comprava um, agora não compra nenhum e fica devendo outro. O resto é remelexo de economistas de cestas básicas. Há também outros parâmetros para se medir o tamanho da língua ardente do dragão da inflação: um deles, só por acaso, são os juros de 284% ao ano do seu cheque especial.
SAINDO DO ARMÁRIO
Dilma Vana diz que acredita na "reorganização fiscal". Pode acreditar; a gente é que não acredita em nada do que ela diz. Dilma está é querendo pedalar de novo. Isso é que nem deleite de biba que sai do armário: dá uma vez e não para nunca mais.
DESAFORAMENTO
Entrementes, na zona do agrião da Operação Lava Jato, os empreiteiros e os políticos fazem de tudo para abrir as asas da liberdade sobre eles no Supremo Tribunal do Governo Federal.
Todos eles querem aproveitar o recesso do Judiciário e pegar o ministro companheiro, Ricardo Lewandowski, em pleno exercício do plantão da sua Corte para tentar a anulação das prisões decretadas por Sérgio Moro e confirmadas pelo Superior Tribunal de Justiça.
É bom lembrar que nenhum deles tem foro privilegiado. O que eles querem é desaforar os julgamentos. Típico desaforo dessa democracia de gabinetes. Perigoso desaforo.
O mais recente ministro do Planejamento da Dilma, Valdir Simão - o Kojak da Esplanada, já chegou defendendo a volta da CPMF - imposto de achaque às contas de todo brasileiro ainda vivo - e quer também mudanças na Previdência. Simão Kojak quer pagar assim as pedaladas que a ciclista Dilma deu e não conseguiu frear. Arrombaram e deixaram arrombar e agora querem que a gente deite na ciclofaixa para que eles passem por cima. Isso já está virando caso de polícia. Os investigadores da
Lava Jato não precisam e não aceitam importar um canastrão de cinema americano para desempenhar o papel de detetive.