SÍNDROME DA GREVE
Vai ter Copa, mas já tem duas greves.
A Copa das Copas está começando desdentada: a seleção de Camarões não embarcou hoje no voo que deveria trazê-la para o Brasil.
É o primeiro sinal dos tais legados da Copa vindo lá de fora: o Brasil já está exportando e importando a síndrome da greve. É por isso que vai ter Copa.
A primeira grande desfeita para com a Fifa e com o mundo foi a supressão do tradicional discurso de boas-vindas proferido por todos os presidentes de países que realizaram a festa, desde que a Copa é Copa.
Dilma foi a primeira grevista oficial da Copa. Dilma Vana fez como os camaroneses, resolveu não aparecer.
As razões do selecionado da República de Camarões foram por falta de pagamento de salários prometidos pelo governo daquele país africano.
Há nisso aí até um certo ar de altivez e de moral por parte dos atletas trabalhadores, capitaneados pelo craque Eto'o.
A greve de Dilma Vana foi por covardia; foi pelo medo de enfrentar as vaias; pelo temor de ouvir a voz rouca das ruas e das arquibancadas.
Vai ter Copa, mas já tem duas greves.