Como diria Romário quando era jogador de futebol: "Chegou agora no avião
é já quer viajar na janelinha". Pois, com Antônio Andrade se dá o mesmo
no Ministério da Agricultura. Mal chegou e já foi para a vitrine que
era de Wagner Rossi e passou em brancas nuvens por Mendes Ribeiro que
não cheirou nem nada e deixou a pandilha de sevandijas como estava e
como vai fcar muito tempo. A revista ISTOÉ deu nesta semana o lugar na
janela que Andrade estava querendo.
Vá até às bancas e pegue
o seu exemplar; você vai ficar sabendo: "Durante as eleições de 2012, o
atual ministro da Agricultura, Antônio Andrade, autorizou uma operação
com indícios de crime eleitoral para financiar a campanha do PP em
Santos Dumont. Em gravação obtida por ISTOÉ, ele confirma o repasse".
Se
ainda estivesse de vassoura na mão incorporando aquela faxineira que
varreu para debaixo do tapete meia dúzia de finórios, teria pela frente a
mesma trabalheira que teve no ano passado. Com a vantagem de que agora,
com a Lei das Domésticas, ela pode reivindicar remuneração por horas
extras. No fundo, no fundo, no entanto, nada mudou.
Só mesmo deixando pra lá, com um bom vinho sobre a mesa e uma viola afinada para cantar Tibério Gaspar: "Nada
mudou / A gente continua a sonhar / O sonho que John Lennon sonhou /
Imaginando um mundo novo./ Tudo / De fora ou calça de veludo / Lógico
absurdo / A gente ouve surdo, / A gente fala mudo de dor".