O Brasil não está longe disso
E então se foi para sempre o presidente eterno Kim Il-sung e foi chegando, assim como quem passeia na praça enquanto o lobo não vem, um gordinho que atende pelo nome de Kim Jong-un que nunca fez nada na vida para ser o líder supremo da República Popular da Coréia do Norte.
Figurinha exibida e descolorida, na falta do que fazer, resolveu brincar de guerra. E se achando mesmo líder supremo do país, arrasta 25 milhões de coreanos para as beiradas de um abismo que vai engolir uma nação que tem hoje os piores índices de respeito aos direitos humanos no mundo.
Não é de hoje que a Human Rights Watch denuncia que os norte-coreanos são "algumas das pessoas mais brutalizadas do mundo", além de sofrer as piores e mais severas restrições às suas liberdades políticas e econômicas. Estima-se hoje que há cerca 200 mil presos, em regime de tortura, fome, estupro, assassinato, experimentos médicos desumanos, trabalhos, e abortos forçados.
E assim é que o mundo assiste estarrecido a iminência de um conflito com armas nucleares que podem dizimar não só as duas Coréias, como fazer que se exploda boa parte desse mundo, eis que o fofinho beligerante Kim Jong-un não se chama Raimundo. É isso que acontece quando um governante governa demais. Do jeito que a coisa vai, o Brasil não está longe disso.