O mais estranho das politiquices brasileiras é como o PMDB, à medida que foi se fortalecendo também foi se fragilizando diante de tantos desaforos. Não tem, nem quer ter, qualquer capacidade de indignação quando é chamado de filho-disso, filho-daquilo.
É, no Brasil e no mundo, o partido de carcaça mais dura e apropriada às porradas que faz por merecer. Não há em cima da terra, nem através dos tempos, um partido político tão invertebrado quanto o PMDB. Jarbas Vasconcelos e Pedro Simon - dois históricos senadores pemedebistas - cuspiram no prato do partido e seus arcanos continuam comendo pelas beiradas, como se estivessem degustando, sorvo a sorvo, o vinho dos humanos. A fortaleza do PMDB é a sua própria fraqueza.
RODAPÉ - Chamar os mandarins, a dita alta cúpula e o desdito baixo-clero do PMDB de corruptos, quadrilheiros, golpistas, mensaleiros - como disseram e não mandaram dizer, Jarbas e Simon, é malhar em ferro frio; chover no molhado. Mas, sempre resta uma esperança... Tente mexer com os brios peemedebistas. Aponte para eles e grite, chame-os de tudo e mais um pouco: - Lulas! Dilmas! Zés Dirceus! Genoínos! Delúbios! Renans!!! Apenas não espere grandes coisas. Eles são capazes de reagir e tentar filiar você ao partido. É que eles também adoram elogios.