
Há pouco mais de oito anos, quando os petistas eram rebeldes direitos com causa na esquerda, não podiam nem ouvir falar em se botar um guarda em cada esquina para conter o avanço desenfreado da violência urbana que já se avizinhava. Para eles, o Brasil era um país de sempregados e a solução era ter um governo que gerasse oportunidades e vagas para a oprimida e discriminada classe dos trabalhadores brasileiros.
Hoje, instalados no centro do poder, no pleno exercício do governo, camuflam a triste realidade de um país onde cada dia é uma aventura de grande risco; escondem a dura verdade de um Brasil sem segurança; de uma nação de trabalhadores sem trabalho, cercados de discursos e promessas; revestidos de bolsas-migalhas por todos os lados.
Pariram uma nação de vagabundos de carteirinha que, por necessidade e compulsão, viraram bandidos. São eles, os cabos de pirulitos e panfletos, os descamisados e pés-descalços que - impulsionados pela roubalheira oficial imune e impune - usam hoje as cuecas como cofres, metralhadoras como cartão de visita e fuzís como voto. Uma geração de bolsistas: embolsam tudo.
A violência urbana vem dessa horda de desempregados que, desde 2002, está à espera dos 10 milhões de empregos que seriam distribuídos por esse Brasil isoneiro. Agora, diante da crise que "não é nossa é deles lá", as previsões dos melhores institutos do ramo indicam que até o próximo "Natal extraordinário" teremos um milhão e meio a mais de demissões na pátria, amada e idolatrada. Logo chegaremos a 12 de milhões. Tudo bem, pelo menos se sabe que apenas trocamos 12 por uma dúzia. Salve, salve!
(A foto aí de cima é da Agência Brasil, dos primeiros tempos do Governo PT, quando até os trabalhadores empregados faziam greve).