O PAC é mais ou menos como um dissidente cubano: não tem salvação. Está sofrendo de Fome Zero. No lançamento do rePAC, Dilma não dedicou uma linha sequer da sua monótona discurseira de 50 minutos para explicar o fracasso do PAC o seu primogênito que não se criou.
Em compensação foi capaz de lembrar, oito anos depois do governo a que pertence com fé e orgulho que "o governo FHC foi omisso". Ela pensa até agora que, em outubro, o candidato dos tucanos à Presidência da República é Fernando Henrique Cardoso.
Na mesma Hora, ou um pouquinho depois, Zé Serra já com pinta de candidato, inaugurava o Rodoanel em São Paulo e dava suas bicadas no Pai do PAC:
"Eu posso dizer que foi uma obra aprovada inclusive antes de sua conclusão definitiva por todos os órgãos de controladoria do Brasil. Foi dada uma demonstração no nosso governo de competência para fazer acontecer".
E ainda tripudiou, sem chutar cachorro-morto: "Ontem o presidente Lula falava da dificuldade de se fazer obra no Brasil. Não basta só ter dinheiro, a gente sabe disso. O problema que o Lula apontou é real"...
Se fosse só isso, ainda vá, mas Serra encerrou o papo mostrando que o fato de entregar o Rodoanel sem problemas com os organismos fiscalizadores é um sinal de que São Paulo está no rumo certo: "Isso valoriza ainda mais a realização que hoje mostramos à nossa população".
RODAPÉ - O processo eleitoral está só começando. Vem muita réplica e muita tréplica por aí.