R. Stuckert/PR
Lula com Fidel à beira da piscina, em Havana, no dia seguinte da morte do dissidente Orlando Zapata. Não é nada do que se possa imaginar. São apenas bons amigos.
Cubanet
Preocupado como anda em mandar editar o Programa Nacional de Direitos Humanos, aqui para o Brasil, Luiz Inácio Lula da Dilma finge que não sabe que o regime de seus amigos Raul e Fidel Castro está na expectativa de celebrar a morte de mais um teimoso grevista de fome.
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O dissidente Guillermo Fariñas vive suas últimas horas.Fique certo: hoje, nem Lula nem o seu governo estão preparados para figuras humanas como Fariñas e Orlando Zapata. Como ontem não estaria para homens da estatura de Mahatma Ghandi e Martin Luther King.
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Se acham que não, basta rememorar a cínica frieza do que pensa e disse o paladino dos pobres e oprimidos brasileiros, diante da camisa de onze varas em que foi colocado, justamente depois de curtir um regabofe castrista lá em "Cocodrillo Verde".
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"Eu penso que a greve de fome não pode ser usada como pretexto de direitos humanos para libertar pessoas. Imagine se todos os bandidos que estão presos em São Paulo entrassem em greve de fome e pedissem liberdade. Temos que respeitar a determinação da justiça e do governo cubano como quero que respeitem o Brasil".
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A Guillermo Fariñas, ninguém prendeu. Nem mesmo como prenderam Zapata, por "desaforo e desacato à autoridade". Sua greve de fome - como a de Zapata - tem grandeza, tem sentido de humanidade, igualdade, justiça social - virtudes que não se encaixam no perfil de pequenos enrustidos ditadores. Nessas horas, mais do que palavras que denunciam as distorções de caráter - o silêncio e a inércia covarde gritam a pequenez da alma e a voracidade desmedida pelo poder.
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Enquanto isso, sem sequer de longe pensar em "sair da vida para entrar na história" os hipócritas se transformam em monumentos de carne e osso, desalmados, erguidos em homenagem a tudo que pode viciar as virtudes.
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É nisso que consiste a diferença entre o homem honrado e o farsante. O honrado faz a hora não espera acontecer; o farsante aguarda a ocasião para dar o seu bote e destilar sua peçonha social.
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A greve de fome e sede, o sacrifício às últimas consequencias de Guillher Fariñas - ainda que termine para castros e castrados - não tem fim. Comoverá os corações dos homens de boa vontade que constróem a verdadeira história da humanidade.
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Para Guillermo Fariña e Orlando Zapata viver para os outros não foi apenas uma regra do dever, mas a lei da felicidade.