Paulo Octávio avisado pelo partido que levaria um pé nos fundilhos foi esquentar o banco da sala de espera do gabinete reserva do presideus Luiz Inácio Lula da Dilma. Com isso, deu uma banana para os caciques do DEM e foi assim como se lhes dissesse "vão pentear macacos"! Agora, Paulo Octávio - O Breve, vai comer o pão que o diabo amassou.
Ontem, na sua hora do "Fico" trocou os pés pelas mãos. Disse que ficaria - "como o presidente Lula recomendou" - até que a Justiça estabelecesse o quadro geral da crise em Brasília. Aí, pintou sujeira. O elenco porta-voz do dono botou o bloco na rua. Mandou apagar tudo que Paulo Octávio tinha desenhado, pois a pintura era falsa. Assim é que o primerio dia do governo Paulo Octávio foi igualzinho ao último dia do governo Arruda: o governador mentiu e Lula tirou o corpo fora. Deixou os dois falando sozinhos.
Quem botou Paulo Octávio nessa fria foi o seu próprio partido, o mesmo DEM que agora vai lhe mostrar que a porta da rua é a serventia da casa. Nos banquetes da Corte, ele e Arruda nunca eram convidados para a mesma mesa. O olho grosso do partido, vendo que tinha no mesmo saco dois bons puxadores de voto, empurrou Paulo Octávio como vice de Arruda. A condição era que Arruda ficaria no governo os quatro primeiros anos e Paulo Octávio seria o seu sucessor, garantindo assim ao DEM pelo menos oito anos de poder em Brasília.
Isso foi jurado, discursado, sacramento, registrado no cartório das causas perdidas e tudo que é jeito e feitio. No meio do caminho, Arruda - como sempre - se arrependeu e mandou esquecer tudo que tinha dito, escrito e prometido e se fez candidato da sua própria sucessão. As relações que sempre foram estremecidas entraram em erupção. A candidatura de Paulo Octávio ruiu.
A vingança de Paulo Octávio veio pelas mãos de um emissário de Joaquim Roriz, o sempre delegado Durval Barbosa, implantado no governo Arruda que não sabia que se tratava de um grande cinegrafista.