O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

6 de abr. de 2016

DAS REDES SOCIAIS PARA O CONCRETO:
IMPEACHMENT PARA MARCO AURÉLIO MELLO

Nesta quarta-feira de abril mais outonal do que nunca, o Movimento Brasil Livre entrou com um pedido de impeachment de Marco Aurélio Mello, o que se acha mais supremo de todos os ministros do Supremo que, por sua vez, se acha o supra-sumo. 

Era disso que a gente estava falando. O Brasil virtual tem que sair às ruas, mas também tem que sair um pouco das ruas e começar a entrar na vida dessa gente que se apropriou do Estado e tanto incomoda a gente. 

Marco Aurélio Mello, afim de Fernandinho Beira-Collor que também é de Mello, é o mais prolixo, pernóstico, exaustivo e embasbacante dos onze donos do mais notório poder jurídico do país. Mas, apesar de Marco Aurélio, todos eles, sem tirar nem pôr, se acham portadores de notório saber. 

E até têm mesmo uma boa dose de saber. Menos o Dias Toffoli que nunca chegou a tanto, apenas foi apadrinhado por Lula que, por sua vez, se acha um notório doutor honoris causa própria e pensa que é o primeiro ex-presidente no mundo com 54 milhões de votos. 

Voltando  à vaca fria, antes que a Dilma tussa, o Movimento Brasil Livre deixou a seara da virtualidade e, de concreto, está pedindo o impeachment do megalômano Marco Aurélio Mello que ultrapassou as suas frágeis fronteiras do desconfiômetro e se arvorou a mandar no terreiro, onde o imaculado Eduardo Cunha canta de galo. 

Marco Aurélio avançou o sinal, pulou a cerca do vizinho. 

Mandou Cunha  aceitar o pedido de impeachment do vice-presidente Michel Temer. 

Marco Aurélio é um pretensioso atacado pelo vírus da vaidade que está levando agora um puxão de orelhas dos brasileiros que não têm partido, apenas as redes sociais para fazer valer os seus direitos. Isso pode dar em nada. Decerto até dará em nada. E preciso é que se diga que se trata de um puxão de orelhas de quem não tem partido político... não tem, vírgula! 

Amanhã ou depois, isso pode virar plataforma de candidatura de mais um "representante do povo" que em nome do povo exercerá o poder que ao povo há de devolver. O que se há de fazer? Vida que segue. A fila anda.

De tudo isso, no entanto, o que mais me agrada é que a iniciativa do tal Movimento Brasil Livre, serve como um sinal, como um aviso de que o país virtual está aprendendo a tomar conta de si mesmo. 

Está mostrando que o Brasil das redes sociais que sai às ruas, também pode tomar atitudes concretas usando o caminho da lei e da ordem para enquadrar qualquer dos três poderes constituídos que andam nos engavetando nessa triste e humilhante democracia de gabinetes.