Peraí só um pouquinho: vamos acertar essa porcaria de gripe. Até agora, o governo brasileiro disse que a doença estava controlada porque a vigilância sanitária nos aeroportos não deixava escapar um só turista procedente do México ou Estado Unidos. Por issso, regabofeava o ministro Zé Temporão, "não havia perigo algum de contágio no Brasil".
Agora, a mãe de dois meninos cariocas que estiveram em paragens mexicanas ou passeando com o Mickey Mouse na Disney, foi contaminada por eles. Pronto! Acabou a imunidade. Os brasileiros já não estão mais blindados pela eficácia dos serviços de saúde pública. A coisa agora ficou ruça: basta chegar no aeroporto, mesmo que seja de táxi ou pulando e andando, você vai ser avaliado dos pés à cabeça pelos agentes mascarados do governo.
Se o passageiro for voar no eixo Rio-São Paulo, então nem se fala. Todo mundo é suspeito até prova em contrário. A recíproca também é verdadeira. E os gaúchos, os potiguares, os barrigas-verdes, mineiros, algoanos e tudo que se mexe e anda nesses e por esses brasís, mal podem esperar para entrar na moda. É só o que falta o cidadão de bem não ser diagnosticado, numa hora dessas.
O governo só não se manifestou ainda sobre as providências que está adotando com aqueles que não têm gripe suína, mas revelam sintomas de tuberculose, hanseníase, febre amarela e outras corriqueiras doenças infecto-contagiosas. Nesses casos, inclusive, o Ministério da Saúde nem está recomendando o uso de máscaras.