A paulistana Ideli Salvatti, barriga-verde por opção, senadora de olho grosso e unhas rentes, é a nova líder do governo Lula no Congresso. Lulalá da China fez o convite para ela que já foi líder da bancada do PT um monte de vezes. É tratoral e brigona.
Birrenta, não leva desaforo pra casa. Traz todos os que pode para a Casa do Polvo. Ideli guarda rancores, não esquece nunca para quem perdeu ou de quem ganhou. Quer ser governadora de Santa Catarina. Com a liderança bem-havida hoje, sai de um bom e merecido período de esquecimento.
Histriônica, é bom prato para a mídia. Principalmente para os fotógrafos. Ela entra no lugar de Roseana Sarney que deixou de ser senadora para tomar o Maranhão de volta para a família. Assim é que Lula já meteu um golaço de raiva no PMDB que perdeu uma boa colocação na tabela.
Com jogo de cintura Ideli conseguiu fazer a CPI das ONGs bailar na curva. Fundada em São Paulo, no dia 18 de março de 1952, seu sotaque florianopolitano é mais forte que o idioma falado por Henry Sobel e Mangabeira Unger juntos. Como reforço ao seu currículo, em 12 de setembro de 2007, votou contra a cassação de Renan Calheiros que, então era julgado por falta de decoro parlamentar. A Casa dos Lordes decidiu, na época, que Renan não tinha condições de ser presidente do Senado, mas servia para continuar sendo senador.
Como se vê, Ideli Salvatti tem tudo, para um dia - quem sabe depois da Dilma - ser presidente dessa notável República.