A turma, formada por dez ministros, juizes, presidentes e representantes de tribunais regionais de todos os cantos do país, em sua maioria, levou mulheres ou maridos à tiracolo. Muito justo, pois ninguém dá mais trabalho que um cônjuge.
O esforço valeu a pena, já que a diária no Tívoli - lugar do oportuno evento - é de míseros R$ 798 por apartamento standard duplo. Nada menos de 200 apês foram ocupados pelos participantes do "16° Encontro de Estudos de Direito do Trabalho", patrocinado pela Febraban.
A programação foi exaustiva: quatro dias seguidos de painéis, perguntas e respostas, debates e nenhuma discussão. As tardes, pela programação oficial, eram sempre livres.
Nos dias 19 e 20, as atividades foram das 8h30 até as 13h30. O tempo restante foi livre. No dia 21, data de encerramento, os debates e palestras transcorreram das 8h30 às 11h30. Uma exaustão, sem dúvida. Nenhum encontro da oligarquia PTista deixaria por menos. Só os da oligarquia. Os outros, trabalhadores mesmo, deixariam.
Disso tudo, ou desse nada, restam apenas alguns pontos a ponderar: 1) o setor bancário é um dos campeões de reclamações trabalhistas no Brasil; 2) lá estavam sentados, toda santa manhã, lado a lado, advogados dos bancos e os doutos magistrados e senhores da Justiça do Trabalho; 3) esse negócio da Febraban pagar as despesas vai mais longe do que gentileza: pode ser levado em conta como remuneração indireta; 4) essa liturgia é promiscuidade em alto clero. Isso é proibido. No mínimo, pecado mortal; 5) sob as ondas da Praia do Forte, ninguém é freira nem santo.