O REI DA SELVA ou COM AÇÚCAR, ATÉ EU!
Sempre muito curioso o instituto Datafolha realizou pesquisa para saber como vão os humores eleitorais do povo brasileiro com relação à sucessão de Lula, em 2010. O trabalho mostrou que Zé Serra amplia sua popularidade e que Dilma Roussef subiu bastante desde a última vez em que foi citada como poste preferencial de Lula para janeiro de 2011.
Na pesquisa espontânea – aquela que não toca no nome de ninguém como candidato à Presidência da República – Lula saiu em disparada: tem 25% da preferência popular, contra 6% de Zé Serra. Depois vem Aécio com 4%, seguido de Dilma com 2%. Na rabeira, empatados, se sucedem Ciro Gomes, Heloisa Helena e Fernando Henrique Cardoso.
Trocando em miúdos: eleição no Brasil é questão de imagem. Duda é fichinha pra Lula. Lula é imbatível. Aparece mais na mídia do que vinhetas da Globo na TV Globo; do que padre pedófilo na TV Record; do que Paulo Coelho nas festas de boca-livre. Só perde para Jesus Cristo depois que se descobriu no Brasil que todo mundo pode ser bispo e dono de igreja. Lula tem o dom da ubiqüidade: aparece mais que celular em presídio.
Lula – como presidente da República – diz o que quer, porque quer, para quem quer, aonde quer, como quer, quando bem deseja e quer. Não responde a nada, porque nada lhe é devidamente perguntado. Este é o segredo do que hoje se convenciona chamar de Lulismo – um conceito político, um fenômeno popular muito maior do que o seu governo, o seu PT, os seus aliados, seus aloprados, sanguessugas, vampiros e oligarcas. Com açúcar até eu.
Com isso é ratificada a força inigualável do 4º Poder. E com isso fica, definitivamente demonstrado que se o elefante soubesse a força que tem, o leão jamais seria o rei da selva.