O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

19 de dez. de 2008

LA NOSTRA FONTANA AZURRA

L'OSERVATORE PIANÍSSIMO
Carlos Eduardo Behrensdorf

Roma
Natal, Navona e Befana


Na Itália, tempo de Natal é de tempo de Piazza Navona e da Befana.
Nesta época do ano as cidades italianas promovem suas feiras com barracas de doces, exposições de presépios, objetos de decoração, brinquedos e artesanato. A feira de Piazza Navona em Roma é a mais conhecida.


Diz a lenda que os Reis Magos traziam os presentes para o Menino Jesus e no caminho para Belém pediram hospedagem a uma velha. Eles a convidaram para acompanhá-los no caminho da Estrela e encontrar o Menino-Deus. Ela negou. Depois se arrependeu e procurou os viajantes, mas não mais os encontrou.

Ela é a Befana, a boa bruxa, a velha montada numa vassoura, que na noite entre cinco e seis de janeiro visita as casas distribuindo doces ás crianças comportadas durante o ano e carvão para aqueles nem tão comportados assim.

Na noite do dia cinco de janeiro as crianças penduram uma meia onde a bruxa deixará balas, doces, chocolate e o “carvão”, na realidade, um doce imitando o carvão. Um brinquedo completa a felicidade da criança.

História da Piazza Navona

No início era o Estádio de Domiciano, que Tito Flávio Domiciano, imperador de Roma de 81 a 96, mandou construir para corridas, combates e jogos.


A Praça Navona preserva as formas de um estádio. As cavea antigas podiam receber 30 mil espectadores, que ali se sentavam para assistir aos combates.

Construíram os edifícios ao redor da praça nos terraços ou nos alicerces dessas cavea, palavra que se traduz tanto por celas subterrâneas (onde os animais selvagens eram confinados antes dos combates) ou como lugar (onde os espectadores assistiam aos espetáculos).

A Praça Navona (Piazza Navona) é um dos locais históricos mais visitados do mundo. Tem a origem do seu nome nos agones (jogos) assistido pelos romanos. A língua mudou a forma e surgiu o termo in agones (jogos). Depois, as formas evoluíram por corruptelas: in agone>nagone>navone que em italiano significa grande navio.

De estrutura barroca, a Praça Navona tem três fontes:
A Fonte dos Quatro Rios (Fontana Dei Quattro Fiumi), de Bernini ao centro;
A Fonte do Mouro (Fontana Del Moro) e
A Fonte de Netuno (Fontana Del Nettuno).
No lado ocidental da praça estão a igreja barroca Santa Agnese in Agone, de Borromini e o Palácio Pamphili, sede da embaixada brasileira em Roma.

Ao seu redor, os visitantes encontram cafés, casas de lanches, restaurantes, sorveterias sem falar nos artistas que expõem seus quadros e objetos artesanais. Não há nenhum exagero em dizer que gente de todo o mundo passeia pela Navona.


Um endereço brasileiro

Na Praça Navona o Palácio Pamphili é a sede da Embaixada do Brasil na Itália, abrigando o Consulado Geral do Brasil em Roma e a representação do Brasil junto a FAO. Este conjunto de centros institucionais representa há 46 anos o ponto de referência para a comunidade brasileira residente na Itália.


Afinidade entre Brasil e Itália sempre existiu, sendo fortalecida por meio do trabalho dos setores da Embaixada. Além de ser um lugar destinado ao exercício da diplomacia, suas salas servem de centros de atividades culturais.

O Centro de Estudos Brasileiros (CEB) organiza cursos de língua portuguesa e divulga a cultura do Brasil com a apresentação de concertos, conferências, cursos de dança, espetáculos teatrais, filmes, livros, mesas-redondas, mostras de arte e seminários.

No interior do Palácio encontra-se, desde 1962, a biblioteca “Tullio Ascarelli”, jurista italiano de origem hebraica que durante o regime fascista refugiou-se em São Paulo.
Ao retornar à Itália, doou sua coleção de livros à Universidade de São Paulo onde foi professor. A biblioteca Ascarelli possui cerca de 9.500 volumes, muitos dos quais de autores brasileiros.

Há também para ser visitada a galeria “Cândido Portinari” dedicada ao pintor e ceramista brasileiro de origem italiana, onde se realizam exposições de artistas italianos e brasileiros.

No ano 2000 o trabalho de restauração dos afrescos e estuques do Palácio concentrou-se no interior das salas do andar nobre, além da reestruturação de toda a rede elétrica. A fachada principal foi restaurada depois de um estudo de análise dos rebocos e de pesquisa histórica, que permitiu reencontrar a cor original que caracterizava Palácio Pamphili nos anos 1600.


70 anos 70 Aroma de Ripetta


Resmungando

Busco um mínimo de conforto na preguiça física ou na moral do rebanho, com o crédito disponível de quem pagou o custo das concessões ao tempo com esforço, frustrações, buscas, encontros, decepções, mal-entendidos e até mesmo felicidade.
São milenares e imutáveis as peças do mosaico de sacanagens que compõem a paisagem do campo da sobrevivência. (Roma 2007).

É Natal?

Chegar minutos antes da meia-noite no dia 24 de dezembro à Praça de São Pedro, quando os sinos da basílica e das igrejas vizinhas começam a bater, abala a estrutura mental do pobre vivente que muito cedo aprendeu a rezar o Padre Nosso. A cabeça roda, as lembranças de imagens amigas presentes e ausentes surgem numa tela virtual em frações de segundo.
Acariciei cada uma delas que se foram de novo.


Os sinos tocam mais e mais, um coro manda bala num canto natalino em latim. Levanto a cabeça e respiro. Uma mini-alucinação benéfica é relaxante.
O resultado é bom.
A gente aquece, fala pouco e sai de fininho.
E esquece que é inverno. (Roma 2007).


Repetição

O olhar repetido para a mesma beleza imóvel das esculturas em praças e igrejas dilui o impacto da primeira vez. A familiaridade com as esculturas petrifica o primeiro espanto.
(Roma 2007)

Circo


Surgiram nas estações do metrô cartazes do Circo Liana Orfei. Será que ela é neta ou bisneta do Orlando Orfei, que andava por Pelotas nas décadas de 50 e 60 e visitava o Diário Popular e A Opinião Pública para dar entrevista? Eu ganhava entradas! (Roma 2007).

Da Santa Terrinha

I - Cemitério & Filme

Há enterros com vento, frio e chuva no cemitério do Fragata (1) que parecem cenário de filme italiano em preto e branco do período pós-guerra. Na morte os artistas principais ficam no caixão. Os figurantes encapotados e chorosos desfilam compenetrados e muitas vezes distantes. (Pelotas 2007).

II - Figueira & Padrinho


Ninguém se vai. A Casa Grande (2) hospeda todos. Quatro gerações riem sob a velha figueira. São Manoel (3) é um padrinho forte. É um santo de casa que faz milagre. (Pelotas 2007).

III - Terra & Raiz

Família é terra e raiz. As minhas estão entranhadas as entre pedras, figueiras e eucaliptos do Cerrito Alegre, inverno e verão. Não há primavera por lá, só o outono sobrevive. As folhas dos eucaliptos têm cheiro de infância. (Pelotas, 3º distrito, 2007).

Notas:

(I) Cemitério do Fragata é um dos mais antigos de Pelotas. O nome do cemitério é São Francisco de Paula. Fragata é o nome do bairro onde ele se localiza. Lá está enterrada a maioria dos parentes Fontoura Lopes, Ferreira Lopes, Tubino Ferreira e Castro Lopes.


(2) Casa Grande. Construção estilo colonial que ainda hoje pertence à família da Laura, minha mãe, onde a maioria deles e delas nasceram e todos passaram parte da infância.


(3) São Manoel é o padroeiro das fazendas dos Fontoura Lopes, Ferreira Lopes, Machado, Wiesel, Fournier Luz e Silveira Neto. Uma salada com tempero de passado comum. Em Pelotas me lembro de duas, Caibaté e Invernada.

(4) Cerrito Alegre. 3º Distrito do município de Pelotas, região de pequenos produtores rurais onde se encontram as propriedades da família da Laura. A base da colonização ali é de descendentes de alemães.

IV -
Tempo & Presença

Essa conversa de que o tempo apaga tudo, não cola. A presença dos que gostamos está conosco, sempre, a cada momento. Será que alcancei a idiotice plena para concluir que a eternidade de cada um de nós é passageira como a vida? (Roma 2007).

V –
Rotina

Roma é monumental. Olhar todo o dia pela manhã as mesmas esculturas gigantescas com uma anatomia irretocável e seus bundões e falos pétreos não é uma visão das mais agradáveis. Obra-prima tem hora. (Roma 2007).

VI -
Primário

Na década de 90 pela primeira vez visitei o Vaticano e a Basílica de São Pedro. Sufoquei. Há beleza, permanência, pompa e vaidade materializada na morgue emparedada com os papas lembrados ou não, empoeirados e incrustados nas paredes da basílica pelo trabalho dos artífices.
Ali o mármore tem movimento reproduzido em suas dobras tal qual um lençol que se sacode antes de estendê-lo sobre a cama, um abano lento. O que fizeram aqueles papas pelo rebanho? (Roma 2007).

Mínima

O beija-flor é o helicóptero da natureza. (Roma 2008).

Brasília e Roma

Vocês sabiam que há em Brasília uma réplica em bronze da loba romana amamentando Rômulo e Remo? Pois é, foi doada pela prefeitura de Roma ao governo do Distrito Federal e se encontra diante da sede do Palácio do Buriti, no Eixo Monumental. Não são poucos os maledicentes que afirmam o seguinte: grande parte dos malandros federais que para cá se dirigiram entendeu mal a mensagem do símbolo e continua mamando até hoje apesar da idade avançada. (Brasília 2007)

Vaticano

Em sua fala vaticana no início de 2008 o Papa Bento XVI preocupou-se em estimular os cristãos a trabalhar pelas famílias “porque vale à pena trabalhar pelo ser humano”. Eu lá estava, espremido numa multidão de fiéis de vários países. Quando os abençoou, pelo sim, pelo não, tirei o meu boné... (Vaticano 2008)

Nápoles

Ruas & ruelas
Num início de semana escapei de Roma e me mandei para Nápoles, Pompéia e Sorrento. Nápoles é aquilo mesmo. Chego a pensar que Orestes Barbosa quando escreveu o trecho “... nossas roupas comuns dependuradas, na corda qual bandeiras agitadas...” do nosso muito conhecido Chão de estrelas, se inspirou em Nápoles.
Algumas das ruelas fazem uma verdadeira exposição da calças, calcinhas e calções, camisas, camisinhas e camisões, sem falar em blusas, toalhas, lençóis e não sei mais o quê das mais variadas cores. Os panos napolitanos drapejam com se fossem estandartes medievais.

Trânsito & trapézio
Confesso que nunca vi em capital alguma um trânsito tão amigavelmente barulhento, confuso, aparentemente sem preferencial e, ainda assim, dando vez aos pedestres. Ao atravessar uma rua napolitana em obras no centro penso que sou um trapezista saltando sem rede.

Táxi & lata
A rua era estreita e se chamava Santa Sofia. Eu era passageiro de um táxi que rodava com a velocidade entre oito e dez quilômetros. Tudo bem. Em um determinado trecho, uma velhinha daquelas gorduchas, de cinema, lavava e varria a frente do prédio. O carro passou e, mesmo devagar, virou uma lata d’água. A velhinha deu a maior vassourada no carro.
Grito pra lá, grito pra cá, a mulher continuou lavando e varrendo e o táxi lá se foi aos trancos e barrancos num legítimo beco sem saída. Apesar do contratempo, entre mortos e feridos todos os passageiros chegaram são e salvos a Catedral de San Genaro.

Cabeça & frascos
A cidade mostra como atração a Catedral, que abriga relíquias do mártir San Genaro. Lá estão a cabeça do santo dentro de um busto prateado e os frascos com o sangue que se liquefaz três vezes por ano.
Os fiéis aguardam o primeiro domingo de maio, 19 de setembro e 16 de dezembro. Se o sangue se liquefaz, haverá dias de vinhos e rosas, se nada ocorrer, a barra pode ficar pesadíssima. Foi o que me disseram.

Golfo & montanha
Olhar o golfo de Nápoles é um ótimo colírio. De vez em quando, a imagem do Vesúvio assusta um pouco a quem é marinheiro de primeira viagem. A montanha parece um gigante esclerosado e mal-humorado, que poderá cuspir fogo se ficar irritado.

Pompéia
De início já vou dizendo o seguinte: pesquise ou procure algum amigo viajado e, preferencialmente, um professor de história. A cidade é esplendorosamente bonita.
Tudo está palpitante. Foi um dos primeiros monumentos que vi no qual os turistas ficam basbaques, ouvindo os guias sem chiar. Os japoneses, por alguns momentos, esquecem as máquinas digitais.


Muitos, como eu, estavam muito à vontade de boca aberta.
Pompéia merece, pelo menos, oito ou dez horas de olhares e caminhadas atentas. Depois, leitura, muita leitura. Ainda não foi desta vez que consegui ficar o tempo necessário.


Há detalhes que chamam a atenção e fazem pensar. Por exemplo: uma das ruas tem uma sinalização, marco de um sistema para orientar a passagem de pedestres. E tem mais, prédios públicos, templos, termas, padarias, fornos, moinhos, alojamentos e mansões.

Uma das ruas tem, na esquina, a cantina ou um bar daquela época, com duas portas e uma mesinha onde a moçada boêmia da época, ao que tudo indica, enchia o pote. Na outra esquina, na ponta da outra rua, a casa de encontros, um “rendez-vous” na casa 39.

Os “casais” se encontravam no pré-motel. Os quartos são pequenos – contei quatro – uma sala e banhos. Nas paredes, afrescos eróticos, uma espécie de mini Kama-Sutra. Constatação in loco: nada mudou nos chamados jogos amorosos.

Mais adiante, na Via Stabiana, casa 52, um bordel para os pecadores. Este é mais espaçoso com dez camas em dois andares. Pelo que entendi as casas para homens e mulheres de vida airosa ficavam em ruas secundárias. Sabe como são os vizinhos...


Roma, Itália
Rádio Vaticano transmite há 50 anos programas para o Brasil
Carlos Eduardo Behrensdorf, de Roma.

Há 50 anos a Rádio Vaticano transmite o “Programa Brasileiro”, que foi ao ar pela primeira vez no dia 12 de março de 1958. O primeiro editor foi o Padre Antônio Aquino, SJ, então Reitor do Pontifício Colégio Pio Brasileiro, em Roma. Em sua trajetória a redação teve a colaboração direta de bispos, sacerdotes e leigos.


A atual equipe do Programa Brasileiro é composta pelo padre Cesar Augusto dos Santos SJ (responsável), Carmen Sílvia de Andrade Ferreira, Cristiane Murray, João de Deus da Ponte Lopes, Manoel Roque Tavares, Raimundo Carlos de Lima e Silvonei José Protz.

Entre as propostas do programa está a de levar ao Brasil e aos ouvintes de língua portuguesa as notícias da Igreja no mundo. Ao transmitir as notícias internacionais, a rádio enfatiza os temas relacionados à liberdade e os direitos humanos.

A Rádio Vaticano, em cadeia com emissoras brasileiras – Rádio Aparecida e Rede Católica de Rádio – é ouvida em todo o Brasil. A Rádio Vaticano também oferece uma programação via satélite, Internet e Ondas Curtas.

A programação diária:
Informativo – Duração: 15 minutos. Horário: 12h00 (horário de Roma) - 07h00 (horário de Brasília) - De segunda a sábado - Via satélite Intelsat Canal A2
Na Internet: ao vivo, canal 5
http://www.oecumene.radiovaticana.org/bra/diretta.asp
Edição matutina – Duração: 27 minutos. Horário: 13h00 (horário de Roma) - 08h00 (horário de Brasília) - De segunda a sábado - Via satélite Intelsat Canal A2 - OC 21.850 kHz - OM 1.260 kHz para Roma e arredores
Na Internet: ao vivo, canal 5
http://www.oecumene.radiovaticana.org/bra/diretta.asp
Edição vespertina – Duração: 27 minutos. Horário: 19h00 (horário de Roma) - 14h00 (horário de Brasília) - Cotidiano - Via satélite Intelsat Canal A2 - OM 1.260 kHz para Roma e arredores
Na Internet: ao vivo, canal 5
http://www.oecumene.radiovaticana.org/bra/diretta.asp
Edição noturna – Duração: 27 minutos. Horário: 02h30 (horário de Roma) - 21h30 (horário de Brasília) - Cotidiano - Via satélite Intelsat Canal A2 - OC 7.305 e 9.605 kHz - OM 1.260 kHz para Roma e arredores
"Em Romaria, caminhando no terceiro milênio" – Duração: 29 minutos. Horário: 17h00 (horário de Roma) - 12h00 (horário de Brasília) - Somente às quintas-feiras - Via satélite Intelsat Canal A2 - OM 1.260 kHz para Roma e arredores
Na Internet: ao vivo, canal 5
http://www.oecumene.radiovaticana.org/bra/diretta.asp

Serviços na Internet
O Programa Brasileiro oferece um noticiário semanal das atividades do Papa e da Igreja em Roma e no mundo. O conteúdo é encontrado diariamente, na página brasileira (BR) da Rádio Vaticano. O mesmo noticiário é distribuído pela RIIAL (Rede Informática da Igreja na América Latina), e pode ser solicitado gratuitamente ao Programa Brasileiro ou à RIIAL.


Se reproduzido em outro órgão ou meio de informação, deve ser citada a fonte: Rádio Vaticano. O áudio de seus programas encontra-se on demand, bem como o som "alta qualidade" de seus programas, para retransmissão, com a prévia autorização do Setor de Relações Internacionais da Rádio Vaticano.

Retransmissões: as emissoras radiofônicas interessadas em retransmitir a programação ou solicitar a recepção do sinal em transmissões especiais, por ocasião de celebrações pontifícias, devem enviar um e-mail ou fax à Giacomo Ghisani, Setor de Relações Internacionais da Rádio Vaticano.


relint@vatiradio.va
fax: (0039) 06-6988.3237

Serviços profissionais: para fazer o download (é necessária uma senha) dos files de som em alta qualidade produzido em Real Producer Plus G2 (64 Kbps voice).
http://www.oecumene.radiovaticana.org/bra/professional_eng.asp


Técnica e Equipamentos

O grande centro retransmissor de Santa Maria di Galeria dispõe, para as transmissões em onda curta (OC), de dois transmissores Telefunken de 500 kW; dois transmissores Asea Brown Boveri de 120/500 kW capazes de transmitir a banda lateral única, podendo ser ligados por meio de matriz coaxial a duas antenas móveis com 76 metros e 106 metros de altura, respectivamente, e de 85 metros e 87 metros de diâmetro; de cinco transmissores de 100 kW, de 28 antenas fixas, e de uma antena logarítmica periódica móvel.
Para as ondas médias (OM) há um transmissor Brown Boveri de 600 kW em conexão com uma antena direcional Telefunken, constituída por quatro torres de 94 metros de altura, e distantes 70 metros uma da outra.
Como equipamento de reserva a rádio dispõe de outra antena unidirecional e os velhos transmissores Brown Boveri de 250 kW e de 150 kW.
A emissora opera, também, com dois satélites geoestacionários Intelsat, um sobre o Oceano Atlântico e outro sobre o Oceano Índico, que transmitem o sinal a duas estações terrestres posicionadas na Cidade do Vaticano para 700 rádios locais, que retransmitem programas lingüísticos específicos por meio de suas programações em freqüência modulada (FM).
As ondas curtas (OC) continuam sendo o único meio pelo qual a Rádio Vaticano alcança alguns países, ainda que a qualidade da transmissão seja limitada.

Um pouco da história

No dia 12 de fevereiro de 1931 a Rádio Vaticano transmitia pela primeira vez a voz do papa Pio XI, inaugurando a emissora construída pelo cientista italiano, Guilherme Marconi. E foi Marconi quem anunciou que o papa “... dirigiria, ao mundo, a sua radio-mensagem”. O grande microfone octogonal usado na inauguração hoje é exposto na sede da emissora.
A Rádio Vaticano é uma emissora da Santa Sé, juridicamente reconhecida junto às instâncias internacionais, e instrumento de comunicação e de evangelização. Diariamente a rádio fala aos ouvintes dos cinco continentes por meio de 45 programas em diversas línguas.
A redação dos programas é elaborada por jornalistas vindos de 59 nações. A Rádio Vaticano tem 384 funcionários, 269 homens, e 115 mulheres. Há 34 sacerdotes, nove religiosas, 235 leigos e 106 leigas. Desde o início, a Direção Geral da Rádio Vaticano foi confiada aos Padres Jesuítas. Seu atual diretor-geral é Padre Federico Lombardi, que também é o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé.
A “Rádio do Papa” tem uma longa história iniciada no século XX: cobriu uma Guerra Mundial, seis Pontificados, o Concílio Vaticano II, a trajetória de João Paulo II e o advento do Pontificado de Bento XVI. O objetivo da Rádio Vaticano é “... ser ponte de diálogo entre a Sé de Pedro e as Igrejas particulares, espalhadas por todos os cantos da Terra”.

Endereços
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RODAPÉ - Caríssimo l'Osservatore, se "o beija-flor é o helicóptero da natureza"... Lula, ao natural e, pela própria natureza, é o prato mais indigesto desse mar de rosas.
COMENTÁRIO - Puxa, fazer 70 anos e ter todos esses insights! Tomara que os meus 70 cheguem logo, quem sabe fico mais inteligente, ou corajoso, e publico um monte de coisas interessantes também. Valeu, amigo. Parabéns. Ass: Nei Machado.