O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

23 de mai. de 2010

VOCÊS PRECISAM SER INTERNADOS...

Deixem o Sanatório da Notícia relembrar para vocês... Em 14 de maio de 2008, no blog Sérgio Siqueira - que saiu da ativa e está em erupção há mais de ano, por absoluto fastio político e uma enorme vontade de deixar o país do jeito que eles deixaram - a nossa equipe se debatia mais ou menos assim:

LIBERDADE, LIBERDADE! - A internet é a porta de entrada da redenção do jornalismo, uma atividade que – ao correr dos tempos, se tornou presa fácil de ricos, poderosos, políticos, donos de cursos de comunicação e dos eternos patrões das sociedades. O jornalismo web não precisa andar de joelhos, dispensa patrocínio e não usa mordaça. Depende apenas do seu próprio conteúdo para ser um fator de transformações sociais. É a mais legítima expressão da liberdade de pensamento.

FOTO: Revista Meio Ambiente.
MARINA PUXA CADEIRA
DE LULA NO SENADO

Toda vez que um deputado ou um senador é retirado de seu mandato para ocupar um cargo no governo, o Executivo infiltra-se no Legislativo.

Marina, ao voltar para o Senado, acaba de demitir Lula do seu mandato de senadora.

Marina Silva, antes de Mangabeira Unger, teve pela frente Dilma Roussef.

PERDAS & GANHOS
O ministério do governo Lula perde Marina Silva e o Senado ganha com o retorno de Marina Silva que manda de volta pra casa o desvotado Sibá Machado.

O PECADO
O grande pecado de Marina Silva nesses cinco anos e oito meses de Ministério do Meio Ambiente foi ter deixado o desvotado Sibá Machado sentar na sua cadeira do Senado. O tropeiro lulático já está voltando para o Acre. Leva na bagagem um pouco de tudo, menos votos - coisa que nunca teve.

O TROCO
Lula não gostou do jeito que Marina Silva deixou o ministério. Ela fez com ele o que ele fez com Cristovam Buarque, demitido do MEC por telefone. Ela mandou uma carta que entregaram ao chefóide do gabinete, Roberto Carvalho.

DEMISSÃO
Toda vez que um deputado ou um senador é retirado de seu mandato para ocupar um cargo no governo é o Executivo infiltrando-se no Legislativo. Marina, ao voltar para o Senado, acaba de demitir Lula do seu mandato de senadora.
 
CASA DA SOGRA
A saída de Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente e a proposital displicência com que o governo trata a Amazônia leva o The New York Times a perguntar, perigosamente, uma vez mais: “De quem é a Amazônia, afinal?”. A indagação – nascida da redução da credibilidade ambiental brasileira - sugere que, para os líderes globais, "a Amazônia não é patrimônio de nenhum país".


PATRIMÔNIOS GLOBAIS
Essa “preocupação” do atrevido porta-voz dos marines americanos é, na verdade, uma ameaça desaforada. Se a parte amazônica situada dentro do território do Brasil não é patrimônio nosso, os poços de petróleo do Texas também não pertencem aos Estados Unidos. Isso já estaria dando bode há muito tempo se o Brasil tivesse mais hombridade do que medo; se o Brasil tivesse mais respeito por si mesmo; se o Brasil tivesse mais vontade de ser um país soberano do que um reles membro do Conselho de Segurança da ONU.

SEM NADA
Os gananciosos olheiros mundiais batem na tecla de que a discussão - que zelosamente abrem sobre a Amazônia – “é a luta da soberania de um só país contra o patrimônio da humanidade”. Nada disso seria notícia nem movimento, se o Brasil tratasse da Amazônia com a devida atenção e a necessária seriedade que merece. Logo vamos perder a Amazônia para o resto do mundo. E, então, o presidente do Brasil vai presidir um país sem fôlego, sem pulmões. Sem alma. Sem vergonha. Sem Amazônia.

SELVA
O governo Lula está eternamente agradecido a Carlos Minc. Ao aceitar o lugar de Marina Silva no Ministério do Meio Ambiente, ele ocupou todos os espaços da mídia. Fez esquecer o escândalo do dossiê da Casa de Dilma. Só isso já valeu a pena. Quanto à Amazônia... Bem, ela passa a ser um assunto cheio de manchetes, cheio de visibilidade, com o escândalo ainda à sombra da grande selva de concreto que é o Brasil.

VORAZ
À margem da Amazônia, já no asfalto de Brasília, ressurge a idéia de recriar a CPMF sob alegação de cuidar melhor da saúde. É a mais clara demonstração de que o governo não acredita na sua própria promessa de reforma tributária. Uma vez mais se vê com nitidez um governo sem programa, mas com enorme voracidade para seus planos de poder.

RODAPÉ - Se de lá pra cá mudou alguma coisa, avisem. O Sanatório da Notícia vai internar vocês. (http://www.sergiosiqueira.blogspot.com/)