O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

8 de mar. de 2013

Zé Dirceu não foi ao enterro de Chávez
A rã deu carona para o escorpião

Zé Dirceu está triste porque Joaquim Barbosa não lhe "emprestou" o passaporte para ir ao enterro de Hugo Chávez, seu "grande amigo". Dirceu é um sem noção. Um zombeteiro descarado.

Primeiro, quem é Zé Dirceu para ir chorar nas pompas fúnebres de alguém? Não foi sequer ao velório do Celso Daniel, nem do Toninho do PT, por que faria falta no velório de Hugo Chávez?

Depois, quantas vezes Chávez se encontrou ou falou com Zé Dirceu quando esteve aqui no Brasil pedindo e levando milhões de dólares "emprestados" que nunca devolveu?

Quem é Dirceu além de um político desempregado, deputado cassado, corrupto e quadrilheiro condenado à espera da cadeia, para se dar o direito de levar o Supremo a abrir um prescedente de turismo desenfreado e janela de fuga para os outros 24 mensaleiros do mesmo bando com passaportes retidos pela Justiça?

Pare de se perguntar, apenas diga a si mesmo que Zé Dirceu é mais que um animal social, um bicho político que se julga acima do bem e do mal e que, impedido de ir à vitrine de Caracas, não causou nenhuma comoção que impedisse toda a pompa e circunstância que fazem do sarcófago de Hugo Chávez a plataforma para a consagração de Nicolás Maduro como novo proprietário da Venezuela.

Zé Dirceu não queria ir a nenhum velório; queria estar nos atos de celebração de Nicolás Maduro, a extensão viva do comandante chucro e indomável que mandava e apitava mais no continente americano do que o Deus de Rosemary.

Uma vez no palco iluminado da tragédia bolivariana, Dirceu projetaria sua imagem como o "perseguido político" que ainda poderia reverter na utópica Corte Interamericana de Direitos Humanos a prisão exemplar que o aguarda.

Zé Dirceu perdeu de novo para Joaquim Barbosa, ministro que preside a mais alta corte de Justiça da democracia brasileira que mensaleiros luláticos reiventaram para seu próprio uso e abuso.

Como as suas caravanas da injustiça não juntaram em suas andanças mais que meia dúzia de gatos pingados e respingados, Dirceu queria agora uma carona no avião de Dilma Vana que contabilizou a presença do presidente-adjunto Lula da Silva que, qual carpideira inconsolável, foi derramar lágrimas de crocodilo no esquife de Hugo Chávez, seu líder, amigo, companheiro, camarada bom e batuta.

O chororô de Lula, o "Sapo Barbudo" assim classificado na zoologia política por Leonel Brizola, o ídolo de Dilma, deu certo.

É que agora na condição de mais forte candidato ao trono vago de Chávez no reino da Latinoamérica, ele pode atravessar como uma rã confiante e cheia de si o rio da sul-americanagem com um escorpião  nas costas. Pois que atravesse, então.

E tomara que a vida não imite a fábula de Esopo; que a antiga e sábia narração sirva apenas para nos revelar o que é a natureza de um escorpião.