"Chávez não morreu"
Eleições no Dia de São Nunca
Milhares de chavistas fazem fila para ver o esquife de Hugo Chávez. A Venezuela que, desde 11 de dezembro do ano passado, é governada por tubos, vai assistir amanhã pela primeira vez na história da humanidade o enterro de um presidente vivo.
Reprodução/Reuters
Para os que ficam em seu lugar "Chávez não morreu" e o "seu" governo tem agora 30 dias para decidir quando haverá novas eleições. Ao que tudo indica isso já tem data marcada: vai ser no Dia de São Nunca.
Caravana americana
Chavista não muito fanática, Dilma Vana estará no velório de Hugo Chávez. O encontro que teria com La Kirchner na Argh!entina pode virar tricô em Caracas.
De qualquer maneira, sempre é bom conferir de perto, se um líder do porte de Hugo Chávez, logo agora que estava tão "elétrico e com energia", pode abandonar de repente, o seu povo. Há no ar uma certa expectativa de que, mesmo lá de onde quer que ele agora se encontre, mantenha sua condição de comandante-mor das Américas que não sejam do Norte.
Se assim não for, Dilma se sentirá mais aliviada na sua corrida de volta ao Palácio do Planalto, já que a carava de Lula pode deixar um pouco de lado o Brasil para que ele assuma o posto que era de Chávez até a hora em que um ataque fulminante o pegou de surpresa.
Lula vai esperar pela História
Posando de presidente-adjunto do Brasil e de líder continental-substituto de Hugo Chávez, Luiz Erário Lula da Silva afirmou, em artigo publicado nesta quinta-feira no jornal americano The New York Times, que "somente a história determinará qual foi o papel que Hugo Chávez desempenhou na integração da América Latina, durante seus 14 anos à frente do governo venezuelano".
Pronto, Lula falou tá falado. Pode crer. Então quer dizer que nem ele mesmo, amigo, irmão, companheiro bom e batuta do falecido, pode dizer agora quem foi Hugo Chávez.Tem que esperar, como se fosse um sujeito comum, que a história determine quem foi aquele que, enquanto vivo, ofuscou sempre a figura do brasileiro que hoje realiza a caravana dos 10 Anos de Poder pelo Brasil afora tratando, ao primeiro descuido de Dilma, da sua volta ao Palácio já no ano que vem.
Países estrangeiros
O Rio de Janeiro e o Espírito Santo não aceitam a divisão de royalties do petróleo que extraem do Brasil. É como se os dois estados não pertencessem ao território brasileiro. Então, tá... Tirem os dois do Orçamento nacional. Que os dois estrangeiros não tenham então nenhum centavo de ajuda do governo federal. Viverão como dois países independente e soberanos, nadando em petróleo e pronto. Não se fala mais nisso.