Enquanto o ministro Zé Temporão vai para os saguões dos aeroportos dar entrevistas explicativas sobre a gripe suína, a febre amarela silvestre avança para o Sul e Sudeste do País. Não é nada, não é nada, já aumentou em quatro vezes o número de vítimas fatais causadas pela doença. Endêmica, por tradição e vocação no Norte e Centro-Oeste, a febre amarela, segundo o Ministério da Saúde, se manifestou neste ano somente em dois Estados: São Paulo e Rio Grande do Sul. Foi justamente por aí que 43 pessoas foram infectadas e 16 morreram em consequência da doença que, até agora, não mereceu máscaras nem declarações aéro-portuárias. E poucas manchetes. Afinal, febre amarela não tem o charme nem o veneno de uma gripe com grife, como a suína.
