O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

13 de set. de 2010

Companheiro bom e batuta

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Em Criciuma, Santa Catarina, vestido a caráter, Lula falou sobre corrupção e ladroagem, quando discursava a respeito das demandas judiciais que paralisam as obras públicas sob suspeição de irregularidades. Lula aproveitou o embalo para fazer do limão uma limonada.

Antes que lhe fosse perguntado, trouxe à baila a prisão dos seus companheiros bons e batutas, da banda amapaense que toca pela varinha de condão do maestro Sarney e que tiraram Dilma para dançar, a pedido do próprio presideus. Com a cara que mais o caracteriza como O Cara, disse que o seu governo não tolera e reprime casos de corrupção.

E rouquejou com absoluto conhecimento de causa: "Vocês viram o que aconteceu agora no Amapá" - gabou-se, dando as costas para a companheirada de Macapá presa com a boca na botija, como sempre faz quando bate a vergonha de não poder carregar.

No mesmo tom de trairagem,  Lula regorgou que o único jeito de criminoso não ser preso no País é "não sendo bandido". E, dando uma banana para os sevandijas que recentemente tinha recomendado ao povo porque "estavam com Dilma" e porque "o que tá bom tem que continuar" dedurou sem dó nem piedade, fazendo de conta que foi ele quem mandou a PF lavar a alma nessa Operação Mãos Limpas: "Se for bandido, a gente descobrindo a gente pega".

Quer dizer, se não descobre, a gente recomenda. Nada demais, partindo de onde e de quem parte. Quem tem companheiro assim não precisa de oposição. Pelo que os brasileiros de bem estão vendo, nuncanahistoriadessepaís um presidente mandou prender e arrebentar tantos amigos de fé, camaradas, companheiros bons e batutas.

Você aí que é petista de carteirinha e aliado de boton e pirulito... Sorria, você está sendo filmado! Sua próxima parada pode ser lá na Papuda, junto com a quadrilha do Amapá e levando ainda de brinde o notável guerrilheiro italiano, Cesare Battisti como companheiro de cela.