Sem a voz do seu comandante o dia dos sindicatos virou mais um feriado nacional. Como os que se adonaram dos Três Poderes, os sindicatos já não nos representam.
Com o silêncio retumbante de Lula, maior distribuidor de pelegos no antigo e desgastado movimento sindical, o Dia Nacional de Luta conseguiu mobilizar 100 mil desfilantes em todo o Brasil que foi contemplado com um desnecessário feriado nacional.
Para quem estimava, nas vésperas da festa, pelo menos 2 milhões de manifestantes, o fracasso foi a herança maior que o País lhes deixou. Mas não tem nada, não, companheiros... A luta continua!
E continua mesmo - não se iluda cidadão de bem - afinal esses regabofes dos grandes sindicatos que sem a voz de Lula não despertam nem o mais próximo dorminhoco, sempre foram resolvidos em petits comités, dentro de gabinetes entre sua meia dúzia de lideranças e os governantes amigos velhos de guerra.
A diferença agora é que a população indignada e farta de corrupção e está de olho vivo e pé ligeiro...
Qualquer coisa, a população espontânea e apartidária, sem carteirinha sindical, sem bandeiras e sem estrelas-guias botam o bloco na rua com um ou dois milhões de manifestantes. E aí, o Brasil não paralisa; aí o Brasil avança sem provocar mais um feriado nacional.