IMPUNIDADE - A partir desse glorioso sábado, Aleluia!... Os candidatos e mesários só podem ser presos em flagrante delito. É assim uma espécie de cursinho intensivo da impunidade permanente com que são agraciados aqueles que se envolvem com a política. O nome dessa regalia, na verdade, é imunidade.
NADA - A carta aberta de Dilma em nome de Deus e em defesa da vida é de transbordar esse vale de lágrimas em tempo de borrascas eleitorais. Ela usa o santo nome em vão de um Deus bom de voto que acabou de descobrir. E vai além do arco-íris à cata de um pote de fiéis seguidores, prometendo que - uma vez consagrada a primeira Dona Flor e seus dois maridos dessa República - não vai tomar nenhuma inciativa para levar o Congresso projetos que tratem de enfrentar a vida e cercear a liberdade de expressão. Nem precisa... Basta fazer o que o o governo Lula vem fazendo: usar laranjas. Depois diz que não viu nada, não sabe nada, não disse nada, não fez nada.
JÁ COMEÇOU - Os graúdos do PT e do PMDB já começaram a desmentir que estão às turras e aos cutucões pela presidência da Câmara e pela ocupação de espaços no corpo e no espírito do Estado. Se desmentem, é porque a guerra já começou.
CASA D'IRENE - A Empresa de Correios e Telégrafos (EBCT) desmoronou nesses oito anos de governo Lula. De nada adiantou Roberto Jeferson dedurar meio mundo no escândalo do mensalão. Os Correios implodiram sob os olhos desatentos e coniventes de Lula, quando se tratava de Zé Dirceu e de Dilma, nos sete anos em que seu braço-direito atendia pelo nome de Erenice na Casa d'Irene.
MEDIDAS PROVISÓRIAS - Mostre-nos, por favor, um presidente no mundo que tenha mais poder que o presidente do Brasil. Ele não precisa de Câmara nem de Senado para fazer o que bem entende e quer. Basta editar uma Medida Provisória e pronto! Nuncanahistoriadessepaís um presidente se valeu tanto de atos institucionais como Lula - o Pai da Esperteza.
GOLPE DA CARTEIRA - A terceirização é uma das mais rápidas e onerosas formas de petetização do Estado brasileiro. Em um Brasil sem concurso público decente, a escolha das empresas prestadoras de serviço, preenchem apenas 20% das vagas com mão de obra especializada; os outros 80% entram na base do carteiraço do partido. Esta é uma das moedas que compram a popularidade nunca vista nesse país. É o golpe da carteira assinada.
A CERTEZA - Lula - o que voltou aos palanques e telinhas de TV - disse ontem que tem "a mais absoluta certeza" de que Dilma está preparada para governar o Brasil. Nesses oito anos de governo, esta é a primeira vez que ele diz que sabe alguma coisa. O "preparo" que Lula atribui a Dilma deve ser aquele jogo de cintura que o livrou, o tempo todo, da maior seleção de escandalos que já se viu numa democracia.
DOIS MODELOS - Nessa eleição, já deu mesmo para ser ver. Há dois modelos em disputa: o Modelo Ficha Limpa e o Modelo Ficha Suja. Você escolhe.
QUASE PERFEITOS - Esse é o governo da saúde pública "quase perfeita". Pois não é que o câncer de mama matou mais de 11 mil brasileiras só neste ano?!? No Rio Grande do Sul, mulher grávida aguardou atendimento acomodada em um armáriode hospital. E, só para não deixar passar em branco, não se espante com essa notícia sobre a educação pública que também é "quase perfeita": alunos ameaçam de morte os professores de redes sociais. Mais uma, dos serviços essenciais: a indimplência de setembro foi a maior dos últimos 10 anos e o calote ao consumidor bateu todos o recordes neste mes. É a economia "quase perfeita". Tudo isso é tucanagem. Lula não viu nada, não sabe de nada, nem fez nada.
KNOW HOW - Dilma anda furibunda com as pesquisas encomendadas; Lula destila peçonha nauseabunda com as evidências de queda de popularidade da sua postulante predileta. Aí, atacou Serra; "Falta caráter e ombridade ao candidato tucano"... Ninguém melhor para dizer isso contra qualquer um. Mais do que ninguém, Lula sabe do que se trata.
SUS SÍRIO-LIBANÊS - Esses números alarmantes de mortes por câncer de 11 mil brasileiras só neste ano, bem que poderiam ser reduzidos a zero pelo governo. Bastaria que Lula garantisse a essas pobres "pessoas comuns" o mesmo tratamneto pelo SUS que garantiu aos "não-comuns" Zé Alencar, Dilma e até para o bispo-papão Fernando Lugo, no hospital Sírio-Libanês.