Formulado por Laurence Johnston Peter (1919–1990), antigo professor na University of Southern California e na University of British Columbia, o Princípio de Peter evidentemente nunca foi lido pelo PT nem pelo seu presideus de honra. Eles agem por absoluta e genial intuição. Nisso eles são doutores. O diploma é a carteirinha do partido.
Ela é, justamente, o passaporte para esses turistas governamentais que são promovidos até ao seu mais alto nível de incompetência para qualquer coisa que não seja a capacidade de montar dossiês, estender propinas, sistematizar a corrupção que não inventaram, apenas organizaram e desqualificar quem não é da tribo. Principalmente, se for um Índio da Costa, ou seja lá qual for a sua alienígena orla política.
O governo Da Silva é um sistema administrativo em que os funcionários começam a trabalhar nas posições hierarquicamente inferiores. Logo que demonstram competência nas tarefas desempenhadas, de pronto são promovidos para graus superiores.
Esse processo se alarga, até que esses funcionários cheguem a uma posição em que já não mais são "competentes", quer dizer, capazes de realizar a contento suas missões.
Tanto faz que pulem de meros estagiários para cargos de secretários de minas e energia, de ministros desmilinguidos de casas civilizadas, ou não, e até de presideuses que preferiam as agruras da vida de um reles cabo eleitoral.
Como a "despromoção" é sustentada pelo antídoto do puxassaquismo habitual, as pessoas permanecem nessas posições, em prejuízo da organização a que pertencem, ou da nação a que deveriam servir.
É a isso que o professor Peter denominava de "nível de incompetência" - o grau a partir do qual as pessoas não têm competência para a posição que ocupam.
O Brasil vive com fé e orgulho o Princípio de Peter. E nem seria Brasil da Silva se assim não o fosse. Em outubro, eu já nem sei em quem não votar. E nem você sabe em que estará votando. Estamos todos acometidos pelo Princípio de Peter.