De folga, uma vez mais do cargo de presidente da República dos Bananas, ao lado da postulante Dilma, o presideus foi consagrado por seus adoradores com gritos de "você volta!". Era a saudade do futuro. A galera agradecida mal pode esperar pelo terceiro mandato, em 2014.
O grande cabo-eleitoral depois de discursar até que seu governo mudou a América Latina, cantando vitória antes do tempo, Lula soltou as penas e, olhando nos olhos da postulante, cantou de galo preto: "Você vai ganhar a primeira que você participou. Eu perdi tanta eleição que eu chegava em casa e Marisa falava assim para mim: chega, né?".
E aí, ao explicar porque escolheu Dilma para sua sucessora, transformou seus 40 ministros em cocô de cavalo do bandido: "Ela se fez respeitar como ministra da Casa Civil. Sabiam que ela sabia até mais do que eles... Ela vai fazer mais e melhor do que fizemos".
Deu-lhe a benção e o dom da ubiquidade. Ela vai ocupar a cadeira dele no Palácio e despachar nos 40 ministérios brasileiros a um só tempo. Despacho, na Bahia, nunca é demais.
Depois, fingindo que não queria falar sobre as pesquisas, Dilma - A Divina, fez que tirou o salto alto e botou as sandálias da humildade: "Pesquisa é como futebol que o presidente Lula tanto gosta de dar de exemplo. Em jogo de futebol, só vale bola na rede. Em eleição também, só vale voto na urna".
E logo divinizada foi abençoar os comuns mortais das redondezas da praça.