O jeito feliz e descontraído de jogar bola da meninada do Santos enfezou a Seleção. Todo mundo virou moleque atrevido e tirou um americano pra dançar. Foi um baile. Um baile de debutantes; daqueles antigos que os brasileiros já nem lembravam mais. Todo mundo entrou no ritmo.
Agora, o torcedor já tem dois convites para bailar: ver o Santos jogar todas as semanas e a Seleção de Mano, de vez em quando. A torcida brasileira tá com o pé que é um leque.
Mais do que dar graças pelo fim da descompassada geração Dunga, ou pelos primeiros acordes dos tempos de Mano a Mano, o Brasil Pé de Valsa, penhorado, agradece ao maestro Dorival Junior pela redescoberta da cadência do melhor futebol do mundo.
Ah, sim... O jogo foi Brasil 2 a 0 Estados Unidos. Mas poderia ter sido quatro ou cinco, tanto faz. No futebol, gol é detalhe - como ensinavam Zagallo e Parreira, sempre com um pé atrás.