Teerã acaba de vetar o que nunca sancionaria: asilo brasileiro para Sakineh - a viúva que amou o suposto matador do marido que ela não amava. Mas, Lula não deve perder as esperanças: há um garoto de 18 anos agora condenado à morte sob acusação de ser homossexual.
Até agora, os porta-recados do presideus não se manifestaram. Será que não sabem que os corredores do Palácio estão cheios de armário?!? Adúltera não pode levar pedrada, mas o jovem gay pode?!? Claro que não pode, nem em Sakineh, nem no mancebo. Pô, atirar pedra não vale! Mesmo com o Corão no meio.
Em todo caso, vida que segue: além de Sakineh Mohammadi Ashtiani e esse jovem praticante do lavat - nome que se dá à sodomia no Irã, outras 24 pessoas, entre homens e mulheres, aguardam pena de morte por apedrejamento lá na terra do companheiro bom e batuta Mahmoud Ahmadinejad. Quem mostra o mapa da mina aos esperançosos discípulos de Lula é justamente a ativista Mina Ahadi, do Comitê Internacional Contra Apedrejamento, ONG que monitora execuções deste tipo na República Islâmica.
Resumo da ópera bufa: Lá num palanque do Paraná, Lula quis dar mais um empurrão em Dilma como candidata do mundo feminino e se exibiu como grande amigo de Ahmadinejad - um apedrejador de mulheres a quem ele pensou que poderia levar no papo. Foi a maior pedrada da diplomacia internacional. O que há de pavoroso nisso tudo é que Lula e Ahmadinejad são amigos.