O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

3 de ago. de 2016

O OPEROSO HÉLIO GAMBIARRA E
SUA FÁBRICA DE QUASE 100 SERVIDORES 

Quantas fábricas tem aí na sua cidade, com 91 funcionários e mais uns quatro ou cinco de, digamos, operadores de relações institucionais? 

Pois, o ilustre senador Hélio Zé, que já foi do Partido da Mulher, por enquanto é das hostes do PMDB do Distrito Federal, herdeiro do mandato de Rollemberg hoje dono do des/governo de Brasília, tem 54 servidores comissionados lotados no seu gabinete e 27  no que ele chama de seu escritório político, na Capital Federal. E além dessa legião de empregados, ele ainda conta com mais dois motoristas e dois copeiros. 


Deve ser por causa disso mesmo que ele olha assim com essa cara de quem comeu e não gostou, seja lá o que for que tenha comido. 

Hélio Zé, é - segundo o Correio Braziliense desta quarta-feira de futebol femonóbolo - o "campeão" olímpico dos patrões de cabos eleitorais, comissionados, sem concurso público e sem outra qualificação que não seja andar batendo cabeça e abrindo as portas de eleitores desprevenidos. Desse contingente de servidores, apenas quatro são concursados. 

O pódio de Hélio Zé é ameaçado apenas pelo medalhão de prata, Fernandinho Beira-Collor, que tem 11 craques a menos no seu time, formado por 80 súditos, fora o alho que é terceirizado. 

Como dono da medalha de bronze, aparece o maranhense João Alberto, também do PMDB, com uma fabriqueta de 79 abelhudos operários que infestam os corredores do Congresso Nacional.  

Hélio Zé é, por origem, técnico da CEB - Companhia Energética de Brasília, onde é conhecido por Hélio Gambiarra. O apelido lhe cai como uma luva de amianto, já que o ganhou numa missão de puro puxa-saquismo. 

Em 1990, Chico Vigilante, PT até debaixo d'água, em parceria com sua legítima companheira, fez um filho e convidou Lula para padrinho do garoto que, diga-se a bem da verdade, não tinha e nem tem culpa nenhuma. 

A festança era num sítio de amigos, numa dessas invasões que viram propriedade rural por obra e graça do espírito escamoteador brasiliense. Na hora da banda tocar um dobrado, faltava instalação elétrica. 

Pronto! Prontamente, o servil Hélio Zé, usou o seu prestígio e seus profundos conhecimentos eletricitários e resolveu o problema. 

Fez uma gambiarra para Chico Vigilante dar o som de presente para o padrinho Lula que deu de presente para Hélio Zé o apelido de Hélio Gambiarra. O codinome pegou. 

Mas Hélio Zé, tá nem aí. Operoso como ele só, precisa de 91 serviçais a sua volta e mais uma meia dúzia por fora. Afinal ele trabalha mais que uma das melhores fábricas aí da sua cidade. 

Claro, quem paga somos nós, os trouxas. E ai de quem resolver tomar-lhe satisfações. Olha só a cara do bicho... Ele é capaz de enfiar uma gambiarra em lugar incerto e não sabido do primeiro que se meter a besta com ele, um operoso e respeitável senador da República.